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Após depoimento, CPI da Pandemia pedirá segurança para Witzel no Rio

Escolta foi analisada pela comissão, que fará sessão secreta com ex-governador para saber mais sobre atuação de milicianos em hospitais federais

Por Cássio Bruno Atualizado em 17 jun 2021, 22h17 - Publicado em 17 jun 2021, 21h14

A CPI da Pandemia decidiu nesta quinta-feira, 17, que pedirá escolta policial para o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). O ex-juiz federal depôs na comissão do Senado na última quarta-feira e contou que as milícias estão por trás da máfia da saúde no estado. Witzel não deu detalhes sobre a ação dos criminosos, mas parlamentares vão agendar uma sessão secreta para que ele forneça mais informações. Aos parlamentares, ele argumentou que sua família está correndo risco de morte. Em outubro do ano passado, Witzel revelou, em entrevista exclusiva a VEJA, a intenção de deixar o país.

Em 30 de abril, Witzel sofreu impeachment por suspeita de corrupção. Desde então, o ex-governador perdeu sua segurança pessoal, que contava com cerca de 10 policiais militares dia e noite. Além disso, PMs que faziam o patrulhamento 24 horas na rua onde Witzel mora com a esposa, Helena, e os filhos, no bairro do Grajaú, Zona Norte da capital, não estão mais no local. “Corro risco de vida. Tenho certeza. Porque a máfia da saúde no Rio de Janeiro e quem está envolvido por trás dela. E eu tenho certeza de que há milicianos envolvidos por trás disso. Eu corro risco de vida e a minha família”, ressaltou o ex-governador à comissão na quarta-feira.

A CPI ainda analisa se pede segurança para Witzel à PM do Rio ou à Polícia Federal e levará em conta o critério de confiabilidade dos agentes com o próprio ex-governador. A requisição da escolta teve o martelo batido pelo presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM). Quando estava no cargo, Witzel tinha um forte esquema de segurança e batedores para poder circular nas ruas e em outros estados. Ao assumir o mandato, em janeiro de 2019, ele extinguiu a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Witzel criou duas pastas para atender a área: a de Polícia Civil e a de Polícia Militar.

De acordo o depoimento de Witzel à CPI, o impeachment sofrido teve a ajuda das Organizações Sociais (OSs) que prestaram serviços à gestão dele e estão sendo investigadas. Além disso, o ex-governador reforçou que o processo de seu afastamento se deu de forma acelerada e sem respeito às leis. Ele declarou ser vítima de um “tribunal de exceção”. “O meu impeachment foi financiado por estas OSs e alguém recebeu este dinheiro”, afirmou Witzel. O ex-magistrado sugeriu aos integrantes da CPI que aprofunde nas investigações em hospitais federais no Rio porque, declarou ele, “têm um dono”.

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Na última quarta-feira, a Justiça Federal aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Witzel e outras 11 pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha que teria praticado vários crimes contra o Estado.

Em fevereiro, antes do impeachment, Witzel virou réu pela primeira vez em outro processo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ação, decorrente da Operação Tris in Idem, o ex-governador responde a acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. A operação, braço da Lava Jato, apontou que Witzel teria recebido, por intermédio do escritório de advocacia da mulher, Helena, pelo menos 554,2 mil reais em propina. O casal sempre negou irregularidades e alegam ser inocentes.

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