Após decisão do STJ, Edinho, filho de Pelé, deixa cadeia em Santos
Ex-jogador tinha voltado à prisão, onde já esteve em três oportunidades, após ordem do TJ-SP; ele foi condenado por envolvimento com o tráfico de drogas
Ex-goleiro do Santos e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, de 46 anos, que estava preso desde a última sexta-feira, foi solto nesta quinta-feira. Edinho, como é conhecido, deixou a cadeia do 5º Distrito Policial de Santos, no bairro do Bom Retiro, na zona noroeste da cidade, no final desta tarde.
Na quarta, o ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu habeas corpus ao ex-jogador por entender que ele ainda tem condições de recorrer da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que expediu mandado de prisão contra ele na quinta-feira.
“Não houve esgotamento da jurisdição na instância ordinária, uma vez que (…) o acórdão (do TJ-SP) apontado como coator foi prolatado em 23 de fevereiro de 2017 e ainda não foi publicado, havendo possibilidade de interposição de recursos e de revisão do julgado pela Corte local”, escreveu Palheiro na decisão.
Edinho, 46 anos, foi condenado em maio de 2014 pela juíza Suzana Pereira da Silva, da 1ª Vara Criminal da Praia Grande (SP), a 33 anos e quatro meses de prisão por envolvimento com o tráfico de drogas. Em recurso ao TJ-SP, a defesa do ex-goleiro conseguiu reduzir a pena para 12 anos e dez meses em regime fechado. O tribunal, no entanto, apesar de reduzir a punição, determinou a imediata prisão de Edinho para cumprir a sentença imposta.
Edinho foi preso pela primeira vez em junho de 2005, durante a Operação Indra, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), com mais 17 pessoas, acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas que atuava na Baixada Santista sob o comando de Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Nadinho, que está desaparecido. Após seis meses em prisão provisória, Edinho foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele voltou a ser preso duas vezes em 2014, a primeira em julho e a segunda em novembro, quando conseguiu um habeas corpus para aguardar a conclusão do processo em liberdade.
(Com Estadão Conteúdo)