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Após caso Amarildo, UPP da Rocinha transfere 70 PMs

Comando admite que repercussão da tortura fez muitos pedirem transferência

Por Da Redação
4 nov 2013, 19h42

O comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro vai substituir 70 policiais da Rocinha, o equivalente a 10% do efetivo total da favela. De acordo com o coronel Frederico Caldas, comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, a troca dos PMs ocorreu porque, desde o caso Amarildo, os policiais estavam “retraídos” e não se sentiam em condições de atuar no policiamento da favela. Caldas admitiu que muitos dos remanejados haviam pedido transferência após a repercussão da tortura.

“Os policiais estavam se sentido acuados, intimidados. A gente compreende o que está acontecendo e decidiu fazer a troca”, disse Caldas, durante o enterro do soldado Melquisedeque Basílio dos Santos, assassinado no sábado após ataque de traficantes à UPP do Parque Proletário, na Penha. O primeiro pedido de transferência da UPP da Rocinha ocorreu poucos dias após a noite de 14 de julho, quando Amarildo de Souza foi capturado e levado para ser torturado na sede da UPP, acrescentou ele.

De acordo com o MP, o policial que pediu para sair da favela é um dos que recebeu a ordem do ex-comandante da UPP, major Edson Santos, para ficar no contêiner enquanto o pedreiro era torturado. Em entrevista ao site de VEJA, a promotora Carmem Eliza Bastos de Carvalho, que atua na investigação, afirmou que quatro dos doze policiais do setor administrativo que ouviram os pedidos de socorro de Amarildo ficaram muito abalados e dois chegaram a falar em sair da PM.

Confrontos – A volta dos confrontos entre traficantes e policiais na Rocinha, que recebeu uma UPP em setembro do ano passado, é outra preocupação dos militares, que muitas vezes temem fazer rondas nos becos estreitos e com pouca iluminação. Domingo, a favela amanheceu sob intensa troca de tiros. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) informou que os disparos ocorreram por volta das 6h30, quando policiais se depararam com criminosos armados. Duas horas depois, moradores ouviram mais disparos, que segundo a CPP não teria envolvido PMs. Na última quinta-feira, outro tiroteio assustou os moradores da favela.

Em maio deste ano, traficantes deram mais uma demonstração de que não deixaram a favela: o turista alemão Frank Daniel Baijaim foi baleado quando passeava com um amigo. Na época, foi divulgado que eles foram surpreendidos por um homem armado num beco, na localidade conhecida como “Roupa Suja”. Assustado, o turista teria tentando correr, quando foi atingido. Escutas da Operação Paz Armada, divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal Extra, revelam que o alemão foi atingido por engano. O objetivo dos traficantes era acertar um PM do serviço reservado (P2) da UPP que estava infiltrado entre os turistas.

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