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Após 11 mandatos na Câmara, Henrique Alves vai tentar ser governador

Presidente da Câmara dos Deputados deixará o Congresso após mais de 40 anos e já tem pronto o discurso de campanha: "Não há uma porta hoje em Brasilia que eu não abra"

Por Marcela Mattos
6 abr 2014, 13h18

Quando Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) assumiu a presidência da Câmara dos Deputados, em janeiro do ano passado, a frase que mais se ouviu em Brasília para justificar sua eleição foi sobre sua longa trajetória na Casa: 11 mandatos, o mais longevo deputado em atividade do país. Chegar ao comando da Câmara, entretanto, agora deixa claro ser parte de um projeto maior: fazer decolar sua candidatura ao governo do Estado. E o discurso já está pronto: “A vantagem de eu ser candidato é que não há uma porta hoje em Brasilia, no Judiciário ou no Legislativo, que eu não abra”, disse Alves ao site de VEJA.

Filho do ex-governador Aluizio Alves, cujo mandato foi cassado pela ditadura militar, e primo do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, o peemedebista Henrique Alves articula uma aliança heterogênea, que poderá agregar dezoito partidos, incluindo siglas de oposição ao governo federal. Sua candidatura também servirá de palanque para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff no Estado, apesar de o PT reclamar ter sido preterido na chapa. O PSDB, do presidenciável Aécio Neves, também estará no barco de Alves. O PSB, de Eduardo Campos, poderá ficar neutro na disputa.

A adversária de Alves, embora o próprio DEM não tenha batido o martelo, deverá ser a atual governadora Rosalba Ciarlini (DEM), cuja gestão chega ao quarto ano enfraquecida, com as finanças no vermelho e paralisada por sucessivas greves de servidores. Mais: Rosalba teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por abuso de poder político e econômico e segue no cargo graças a uma liminar da Justiça.

A oposição no Estado critica Rosalba por submeter as principais decisões do governo ao crivo do marido, o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, instalado no cargo de secretário-chefe do Gabinete Civil. Atualmente, ela está isolada pelo seu principal fiador, o senador e presidente do DEM, José Agripino Maia, e rompeu com o vice-governador e também futuro adversário, Robinson Faria (PSD).

Alves pretende levar como vice na chapa o deputado João Maia (PR), irmão de Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado defenestrado no escândalo dos Atos Secretos. A favorita para disputar o Senado é a ex-governadora Wilma de Faria (PSB).

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Palanques – A adesão de Wilma depende do aval da Executiva Nacional do PSB, que tem restrição ao bloco comandado por Alves. “Por ora, há um questionamento do grau de envolvimento que a Wilma terá estando numa chapa encabeçada por alguém que vá fazer campanha para a Dilma. Nós precisamos de palanques bastante identificados e comprometidos com a eleição de Campos”, afirma o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), coordenador da campanha de Eduardo Campos.

A estrutura montada pelo presidente da Câmara também abrirá espaço para o PSDB, que já anunciou apoio ao peemedebista. Em troca, os tucanos tentam abrir caminho para o presidenciável Aécio Neves (MG). “Tenho uma boa experiência no assunto e sou civilizado. O Aécio vindo ao meu Estado, vou recebê-lo no aeroporto, dar as boas vindas”, disse Alves, que ainda trabalha para separar Agripino Maia, seu amigo, da candidatura à reeleição de Rosalba.

No campo rival, a chamada “terceira via” encabeçada pelo vice-governador, Robinson Faria (PSD), articula para tentar atrair o PT, oferecendo a vaga ao Senado para a deputada Fátima Bezerra (PT). “O PMDB optou por excluir o PT, que é a chapa nacional, e preferiu aliança com Agripino e opositores ao projeto nacional. Como o PT vai ficar em uma aliança com um feroz opositor ao nosso governo? Nós fomos excluídos”, reclama Fátima.

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