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Após 1 ano, famílias ainda sofrem em Nova Friburgo-RJ

Por Da Redação
8 jan 2012, 08h43

Por AE

Nova Friburgo – Um ano depois de ter a casa destruída pela enxurrada em Nova Friburgo, na região serrana do Rio, Maria Helena da Silva, de 45 anos, continua morando em um abrigo improvisado em um posto de saúde da prefeitura com o marido, dois filhos e a neta de 5 anos. Até hoje, ela não recebe o aluguel social, uma ajuda de R$ 500 que o governo do Estado afirma pagar a 7.250 famílias nas cidades atingidas pela chuva em janeiro de 2011. Desse total, 2.552 vivem em Friburgo.

“Dinheiro não é importante. O importante é ter uma casinha para morar com meus filhos”, diz Maria Helena. Nenhuma das 6 mil unidades habitacionais prometidas pela presidente Dilma Rousseff em visita à região na época do desastre foi construída. Maria Helena morava no loteamento Alto do Floresta e conseguiu sair de casa a tempo, após o primeiro estalo. Perdeu um casal de primos e muitos amigos. Só em Friburgo o temporal matou 428 pessoas.

Ela ainda guarda suas roupas em caixas de papelão. A família vive com R$ 200 que o marido dela, Antônio Basili, de 40 anos, recebe como soldador e R$ 300 que o filho Maciel, de 17, ganha em uma escola de tênis. Desempregada, Maria Helena estudou só até a 1.ª série. Ela conta que foi várias vezes à prefeitura, mas não conseguiu o aluguel social. Agora, espera receber do Estado.

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Uma vizinha da família no Alto do Floresta, Maria de Lourdes Oliveira, de 60 anos, afirma que a Defesa Civil nunca subiu lá. A casa dela, no topo do morro, tem uma rachadura que corta todo o piso da sala. “Quando começa a chover, até estremece. Medo a gente tem, mas vai para onde?” No consultório transformado em quarto para receber a família de Maria Helena, não há espaço para cinco camas. Trinte e oito pessoas continuam vivendo no abrigo. O varal fica no corredor.

“Para vocês da imprensa passou um ano. Para a gente, foi ontem”, diz Gilberto de Souza Filho, da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Nova Friburgo. Ele reconhece que o local “não tinha e não tem” estrutura. “A culpa não é nossa. Eram 980 pessoas em 93 abrigos. Hoje, temos 38 e só nesse.” Souza termina a conversa com uma promessa: “Até o fim do mês, não haverá ninguém em abrigo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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