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Aliado de Bolsonaro, ex-deputado é preso pela PM no ES

O capitão Assumção teve participação presencial nas entradas dos quartéis e na divulgação de mensagens de apoio nas redes sociais

Por Da redação
Atualizado em 2 mar 2017, 15h20 - Publicado em 28 fev 2017, 13h18

A Polícia Militar do Estado do Espírito Santo informou nesta terça-feira que o capitão da reserva Lucinio Castelo de Assumção, conhecido como Capitão Assumção, se entregou nesta manhã na Corregedoria da Polícia Militar e está recolhido no presídio da corporação. Ex-deputado federal, Assumção é aliado do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Ontem, o sargento Aurélio Robson Fonseca da Silva também se apresentou à PM do Estado.

Assumção, Silva e outros dois policiais tiveram a prisão decretada no sábado pela Justiça Militar do Espírito Santo, a pedido do Ministério Público Estadual, por envolvimento no motim dos policiais militares do Estado. Eles são acusados de incitar o movimento e de aliciamento de outros policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais.

No sábado, a polícia tentou prender os quatro policiais em suas casas, mas não os encontrou. Assumção foi encontrado mais tarde no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha. Os policiais da Corregedoria da PM chegaram a detê-lo, mas ele escapou.

Segundo agentes da equipe que tentou prendê-lo, Assumção conseguiu fugir em meio a um tumulto criado por um grupo de colegas e de mulheres de policiais amotinados, que se manifestava em frente ao quartel. Houve troca de empurrões e o ex-deputado escapou depois de receber voz de prisão.

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Dos quatro militares que tiveram a prisão decretada, apenas o tenente-coronel Carlos Alberto Foresti havia sido detido no sábado, quando se apresentou na unidade da Polícia Militar de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e foi encaminhado para o presídio da Polícia Militar do Espírito Santo, em Vitória.

A PM informou hoje que “estará adotando medidas para cumprir a ordem de prisão do quarto policial militar com mandando de prisão ainda em aberto”.

As investigações da PM apontaram que o tenente-coronel Foresti, que trabalhava no centro de despacho de viaturas, desde o início do movimento, fez manifestações de apoio aos policiais com divulgação de vídeos nas redes sociais. Já o capitão Assumção teve participação presencial nas entradas dos quartéis e divulgação de mensagens de apoio nas redes sociais.

O o motim contou com o apoio de um grupo aliado de Bolsonaro no Espírito Santo. O secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Eugênio Ricas, disse que há indícios claros de que o movimento foi de “fachada” motivado por interesses políticos e econômicos.

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Sem citar nomes, o secretário afirmou que o Espírito Santo viveu um quadro de “terrorismo digital” por meio da disseminação de informações falsas e boatos com o objetivo explícito de colocar a população em pânico, paralisar o transporte público e fechar o comércio. Segundo Ricas, 80% das mensagens partiram de pessoas e redes de fora do Estado.

Uma equipe de especialistas em comunicação digital ajudou a reportagem a rastrear o movimento de apoio nas redes sociais ao motim da PM. Bolsonaro publicou na sexta-feira em sua página no Facebook a mesma resposta que deu ao Estado, informando que só se manifestaria sobre o assunto ao vivo e desde que a conversa fosse gravada em vídeo. A defesa dos envolvidos não foi localizada.

(Com Estadão Conteúdo)

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