Brasil

Acordo entre governo e TIM prevê 5G em base do Brasil na Antártica

Com o avanço, comunicação com a Estação Antártica Comandante Ferraz e envio de dados coletados pelas pesquisas deverá acontecer em tempo real

Por Pedro Pupulim SEGUIR SEGUINDO 28 nov 2025, 15h30

O primeiro Grupo-Base (12) da Estação Antártica Comandante Ferraz (Marinha do Brasil/Divulgação)

O Ministério das Comunicações, em parceria com a TIM, Marinha e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), anunciou nesta semana o lançamento da rede de quinta geração (5G) na Estação Antártica Comandante Ferraz, base do Brasil na Antártica.

O anúncio foi feito em uma cerimônia na Embaixada da Itália, em Brasília, onde o acordo de cooperação foi assinado pelo CEO da TIM Brasil, Alberto Griselli, o Embaixador da Itália, Alessandro Cortese, as ministras da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, da Cultura, Margareth Menezes, os ministros das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, da Defesa, José Múcio e o presidente da Anatel, Carlos Baigorri.

Secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, o Contra-Almirante Robledo destacou a importância da instalação de tal tecnologia em uma região remota como a Antártica.

“Com a conexão 4G fornecida pela TIM [em 2022] é possível a comunicação com a Estação e envio de dados coletados pelas pesquisas. E, com o 5G, isso acontecerá em tempo real. Num ambiente extremo como é a Antártica, a tecnologia faz toda diferença para segurança e apoio logístico das atividades realizadas”, declarou.

Segundo a TIM, Só em 2025, mais de 180 pesquisadores de 29 projetos selecionados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) participaram de uma missão de pesquisa na Estação brasileira. A partir de 2026, com o 5G, os dados de levantamentos e estudos passarão, de acordo com a companhia, a ser transmitidos em tempo real, acelerando os resultados, além de possibilitar o alcance global das pesquisas climáticas, ambientais e de telemetria.