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‘A toga gostou dos meus ombros’, diz Britto ao deixar STF

No último dia, presidente do Supremo afirmou que não poderia deixar registrados seus votos sobre as penas do réus ainda em julgamento na corte

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 nov 2012, 19h01

“A toga gostou dos meus ombros”, resumiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, nesta quarta-feira após declarar encerrada a última sessão plenária de que participou. O magistrado chegou à mais alta corte do país em 2003 e se despede do colegiado ao completar 70 anos e se enquadrar na aposentadoria compulsória.

Sem lamentar não ter podido participar de todo o julgamento do mensalão, o ministro informou que não poderia regimentalmente deixar registradas as penas que daria ao restante dos réus, embora já tivesse analisado o caso de cada um deles. “Eu vim preparado para tudo e com tabelas (de penas). Não fico com frustração (por não ter participado de todo o julgamento), faz parte. Não deu, simplesmente não deu, embora eu estivesse preparado”, resumiu ao deixar a corte.

De acordo com Britto, assim como ocorreu com Cezar Peluso, o juiz que deixa a corte no meio de um julgamento pode anunciar as penas somente dos réus em análise naquele momento, e não anexar suas sugestões de penalidades de condenados cujos casos ainda não começaram a ser avaliados.

Por ora, o STF já definiu, entre outras, as sanções a serem impostas ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, aos petistas José Genoino e Delúbio Soares, à banqueira Kátia Rabello e ao operador do esquema criminoso, Marcos Valério. Ainda estão pendentes de definição as penas para os parlamentares que receberam dinheiro do valerioduto, entre os quais o denunciante de todo o escândalo, o presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson.

Balanço – Ao final da sessão plenária, Carlos Ayres Britto relembrou os principais processos dos quais foi relator, entre os quais a autorização de pesquisas com células-tronco embrionárias e o aval para uniões homoafetivas. Mais uma vez rejeitou ter pretensões de disputar cargos públicos eletivos e disse que pretende lançar em breve dois livros, um de poesia e outro de direito. “Servir o meu país a partir do STF é uma viagem de alma, não de ego. Não sou saudosista, não vivo nostalgicamente preso ao passado e não faço planos”, resumiu.

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