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A cada hora, uma arma de fogo mata uma criança ou adolescente no Brasil

Estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria revela que número anual de mortos — 9,5 mil — dobrou desde o levantamento de 1997; 94% dos casos são homicídios

Por Agência Brasil Atualizado em 20 mar 2019, 15h02 - Publicado em 20 mar 2019, 14h12

A cada sessenta minutos, uma criança ou um adolescente morre no Brasil em decorrência de ferimentos por arma de fogo. Entre 1997 e 2016, mais de 145.000 jovens com até 19 anos morreram em consequência de disparos acidentais ou intencionais, como em casos de homicídio e suicídio. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta quarta-feira, 20, pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

De acordo com o estudo, que considerou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, em 2016, ano mais recente disponível, foram registrados 9.517 óbitos entre crianças e adolescentes no país. O número é praticamente o dobro do identificado há vinte anos — 4.846 casos em 1997 — e representa, em valores absolutos, o pico da série histórica.

O levantamento mostra que, a cada duas horas, uma criança ou adolescente dá entrada em um hospital da rede pública de saúde com ferimento por disparo de arma de fogo. Entre 1999 e 2018, foram registradas quase 96 mil internações de jovens com até 19 anos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Despesas

As principais causas externas de morte por arma de fogo nessa faixa etária são homicídios (94%), seguidos de intenções indeterminadas (4%), suicídios (2%) e acidentes (1%). No caso das internações, embora as tentativas de homicídio continuem na liderança (67%), é bastante expressivo o volume de acidentes (26%) envolvendo arma de fogo.

A avaliação contabilizou ainda as despesas diretas do SUS com pacientes atendidos após contato com armas de fogo. Nos últimos vinte anos, as internações de crianças e adolescente provocadas por disparos custaram mais de 210 milhões de reais aos cofres públicos.

O estudo considerou causas de morbidade hospitalar e mortalidade identificadas nas bases oficiais do Ministério da Saúde como acidentais, suicídios ou tentativas de suicídio, homicídios ou tentativas de homicídio e intenções indeterminadas.

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