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114 presos em operação contra milícia já foram libertados no Rio

A expectativa é as outras 23 pessoas detidas na ação e que tiveram a prisão preventiva revogada pela justiça deixem a penitenciária ainda hoje

Por Agência Brasil 27 abr 2018, 12h25

Dos 159 presos na Operação Medusa, deflagrada no começo deste mês pela Polícia Civil contra grupos de milicianos no Rio de Janeiro, 137 tiveram a prisão preventiva revogada. Destes, 114 deixaram o sistema prisional. A informação é da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

O juiz Eduardo Marques Hablitschek, da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, determinou a soltura de 137 detidos a pedido do Ministério Público do estado. Durante toda a quinta-feira, familiares aguardavam a liberação dos detidos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.

Ao todo, a Operação Medusa prendeu 159 pessoas e apreendeu sete menores de idade que participavam de um show de pagode em um sítio em Santa Cruz, na Zona Oeste do estado. No último dia 19, a Justiça já havia revogado a prisão preventiva do artista de circo Pablo Dias Bessa Martins, também detido na operação policial. Ele viajou na terça-feira (24) para a Suíça, a trabalho. A expectativa é que os 23 restantes saiam ainda hoje (27). A Defensoria Pública do Estado (DPE) acompanha o processo de liberação e informou na quinta-feira (26) que o procedimento estava sendo feito de forma ágil.

Em nota, o órgão, que assiste diretamente 36 dos presos, declarou que a libertação deles é o início da correção dos graves erros e injustiças ocorridos desde o início da operação. A 20ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos tinha apurado as condutas de cada um dos 159 presos e concluiu que há elementos para denunciar 21 deles. Contra os outros 138 não existe nenhuma acusação.

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Ao participar ontem do lançamento do relatório do Observatório da Intervenção, o sub-defensor público do estado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a Defensoria Pública tem se posicionado em relação a várias ações e que “não tem como dissociar essa prisão de 159 pessoas da intervenção federal”. “[Essa prisão] foi apresentada como um troféu da intervenção federal”, disse. “A intervenção está extremamente politizada, esse caso está muito politizado, e o nosso papel é despolitizá-lo”, destacou.

A operação foi apontada pela polícia como a maior ação de enfrentamento à milícia no estado do Rio. No entanto, desde as prisões, a DPE e familiares denunciaram a arbitrariedade do encarceramento em massa e o fato de a maioria dos presos não ter antecedentes criminais e exercerem trabalhos com carteira assinada. A Justiça manteve a prisão de 21 pessoas, seis delas não têm antecedentes criminais e nunca foram investigadas por integrar milícia.

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