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Epidemia de lives

Na era do coronavírus, é impossível fugir e não se viciar nelas

Por Walcyr Carrasco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jun 2020, 12h11 - Publicado em 8 Maio 2020, 06h00

O país passa por uma horrível epidemia de coronavírus. Um dos efeitos colaterais é a epidemia de lives. Todo mundo está fazendo uma live ou sendo convidado para uma. Eu mesmo já falei sobre o amor para a live de um terapeuta. Se pudesse dar conselhos a respeito desse tema, não teria namorado, casado, brigado, separado e me apaixonado novamente tantas vezes. Não vou entrar em detalhes, porém meu currículo é extenso. Mas lá estava eu, com a face plácida de um buda, dizendo: “Amor exige entrega…” e outras amenidades do tipo. Já fiz outra, para o @institutodeleituraquindim, que é muito sério. Entrevistado pelo Roger Mello, autor premiadíssimo. Contei: “Eu me apaixonei pela leitura quando conheci os livros de Monteiro Lobato, aos 11 ou 12 anos…”. Linda história, estimulante. Verdadeira. Mas já a relatei no meu livro Em Busca de um Sonho. Discorro em toda entrevista, palestra, sobre o estímulo à leitura. É importante dar o testemunho pessoal. Dali a alguns dias estava contando a mesma história na live da Márcia Goldsmith (@marcia.golds). Sigo contando live após live, porque uma pergunta recorrente é como me transformei em escritor. Eu fico até cansado de mim mesmo!

lives maravilhosas nas quais os artistas oferecem seu talento. Meu amigo @ivam_cabral, do grupo de teatro paulistano Satyros, apresenta uma peça, assim como outros atores. Artistas como Ivete Sangalo e Alok fizeram lives inesquecíveis. A da Ivete de pijama foi um alívio para preguiçosos como eu. Não é preciso nem se arrumar para a live! Não tenho pijama bonito como aquele da Ivete, mas uma camiseta preta já resolve. A própria televisão incorporou as lives.

“Confesso, fui contagiado pelas lives. Quando a quarentena acabar, será difícil voltar às atividades normais”

Nunca fui de ter intensa vida social. As lives se tornaram algo parecido. Tem de ter compromisso, horário, estar feliz e bem-disposto. Live toma tempo, nem que seja de conversa fiada. Mas me rendi. Resolvi fazer a minha. Achei mais fácil que entrar nas dos outros. Convidei a atriz @flaviaalessandra, que está no ar na reprise de Êta Mundo Bom!, novela da Globo. Foi complicado no início, porque ela não conseguia fazer a conexão comigo. Tive vontade de rosnar. Mas exercitei minha simpatia, falando sobre coisa nenhuma. Sorri tanto que fiquei com o queixo dolorido. Finalmente ela entrou, e falamos sobre nossa amizade, nossas novelas, a vida artística, até que… Bem, minha imagem sumiu. Jamais entenderei por quê, mas desapareceu. Entrou a imagem de um caracol rosado no lugar. Tentei ajustar, mas não sou bom em questões tecnológicas. O caracol permaneceu. Flávia continuou falando com o caracol… Foi simpaticíssima. É uma atriz, então não deve ter sido difícil. Ainda bem, o caracol não saiu até o fim da live!

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Mas confesso, fui contagiado. Continuei fazendo, com a Mariana Ximenes (@marixioficial), com amigos… Descobri que na live posso dizer coisas que são realmente importantes para as pessoas. Por exemplo, a necessidade de formação do ator, do autor… Agora todo dia tem live, e os amigos também… Quando esta quarentena acabar, vai ser difícil retornar às atividades normais. Meu tempo já estará todo tomado pelas lives!

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