O que os médicos dizem sobre gestante que dançou antes do parto
A americana Akilah Wooten já permanecia por doze horas em trabalho de parto em um hospital, mas o bebê teimava em não vir ao mundo
A americana Akilah Wooten já permanecia por doze horas em trabalho de parto em um hospital da Georgia, nos Estados Unidos, mas o bebê teimava em não vir ao mundo. Uma de suas enfermeiras, então, sugeriu que ela fizesse alguns exercícios de agachamento para ajudar no processo. Akilah, porém, achou a ideia entediante e sugeriu outra: dançar no corredor do hospital. O hit escolhido foi Watch Me (Whip/Nae Nae), canção grudenta do rapper Silentó. Como é típico do século XXI, a brincadeira foi gravada por uma amiga.
Resultado: o vídeo da dancinha da grávida, filmado no ano passado, repercutiu na web, com acima de 2 milhões de visualizações. Virou viral! E voltou a ser assunto neste mês, quando uma série de sites americanos optou por retomar a publicação da gravação, com a proximidade do primeiro aniversário do viral.
As imagens foram publicadas pela enfermeira Angelina Ruffin, em seu Snapchat, com a legenda: “Fui olhar a minha paciente para ver como ela estava lidando com as contrações e foi isso o que encontrei”. Ela ainda afirmou que a dança ajudou a gestante, que deu à luz uma menina chamada Erin. Mas será que dançar realmente ajuda na hora do parto?
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A obstetra Ana Luiza Antunes Faria, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, responde “sim”. Segundo ela, a grávida pode fazer qualquer coisa que a deixe à vontade, contanto que ela não esteja enfrentando uma gestação considerada de risco.
“Desde que a gente identifique que está tudo acontecendo dentro da evolução normal, sem nada de errado com a placenta ou com o bebê, ela pode e deve se movimentar. Dançar, logo, é Ok. Aliás, além de não ser um problema, ainda ajuda no trabalho de parto”, explicou a médica.
Ana Luiza ainda explica que a conclusão do que uma gestante pode ou não fazer durante a gravidez e na hora de dar à luz tem mudado bastante no meio médico. “Cada vez mais, discutimos medidas do que chamamos de ‘parto humanizado’ e, com isso, tentamos resgatar práticas antigas que foram abandonadas pela medicina moderna, como essa dança do vídeo. O intuito, no fim, é fazer de tudo para deixar o paciente à vontade”, concluiu.