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Por Duda Monteiro de Barros
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Mulher engravida usando DIU e posta foto inusitada do bebê

Mesmo assim, não há motivo para alarde: especialistas falam ao blog que casos como esse são bastante raros

Por Marina Rappa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 Maio 2017, 15h30 - Publicado em 4 Maio 2017, 20h53

As fotos de recém-nascidos são sempre muito fofas. Mas esta, especialmente, rodou a internet por outro motivo: o bebê, Dexter Tyler, aparece segurando o DIU (dispositivo intrauterino) utilizado por sua mãe – um método usado justamente para impedir uma gravidez.

A mãe, a americana Lucy Hellein, publicou a imagem no Facebook e rapidamente pessoas do mundo todo compartilharam a foto de Dexter.

De acordo com Lucy, o dispositivo foi encontrado atrás da placenta, o que significa que Dexter não nasceu com o DIU na mão, como muitos pensaram. Na publicação, Lucy fala que o dispositivo que usava (e que falhou) era o Mirena, um tipo de DIU que libera hormônio – diferente do de cobre, por exemplo, que funciona como uma barreira física.

(Lucy Hellein/Facebook)

Mas engravidar usando o DIU é comum?

“Não. O Mirena é ainda mais potente que a pílula em termos de contracepção – e também é mais confiável que o DIU de cobre, pois o hormônio liberado transforma o muco e impede que o espermatozoide chegue no útero. Mas, claro, nenhum método está isento de falhas”, afirma ao #VirouViral a ginecologista Rita Dardes, professora adjunta do departamento de ginecologia da Unifesp.

De acordo com Eduardo Zlotnik, ginecologista do Hospital Albert Einstein, os números referentes à falha destes métodos contraceptivos são muito baixos. “Em média, o de cobre falha para 0,5 de cada 100 usuárias por ano, próximo a de pílulas. O de progesterona, como o Mirena, falha para 0,1 de cada 100 mulheres – próximo à laqueadura”.

Segundo Marianne Pinotti, ginecologista, obstetra e mastologista da Clínica Pinotti, é possível que o DIU tenha se deslocado. “O DIU precista estar bem posicionado: encostado dentro do fundo do útero, ocupando toda a cavidade endometrial, pois o efeito dele se dá a partir disso. Se ele está deslocado, falha”.

Outro fator imprescindível para a eficácia do DIU é o monitoramento. “Imediatamente após a colocação do DIU, fazemos um controle por ultrassom. Isso vai nos mostrar a posição do dispositivo. No caso do de cobre, repetimos esse controle após a primeira menstruação depois da colocação. Mesmo que raro, o deslocamento ocorre geralmente nos primeiros meses após a colocação. Então, se a gente controla um mês depois e ele continua bem posicionado, a chance de se deslocar depois é muito remota”, diz Pinotti.

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Muitas mulheres se perguntam sobre a diferença entre o DIU de cobre e o hormonal – e algumas informações podem auxiliar na escolha do melhor método.

“Hoje tem uma parcela de mulheres que não quer colocar hormônio nenhum no corpo. Elas podem optar pelo cobre, que funciona como método de barreira (quando o dispositivo funciona como um bloqueio entre o espermatozoide e o útero), mas pode aumentar a incidência de cólicas e do fluxo menstrual. O Mirena, além de funcionar como contraceptivo, também auxilia no controle de ciclo, pois é hormonal. A mulher que tem muito fluxo e cólica, pode optar por este método”, afirma Dardes.

Em casos como os do fofíssimo Dexter, em que a mãe engravida usando o DIU, não é preciso ter pânico – mas a mãe deve ficar alerta. “A gravidez com o DIU Mirena não apresenta quase nenhum problema. O material não vai causar interferência. O de cobre, como é muito duro, pode causar a ruptura da bolsa de líquido do bebê. O maior risco é o de aborto, principalmente para o caso do DIU de cobre”, diz Pinotti. “Passado o primeiro trimestre da gravidez, se nada acontecer, a mulher não deve ter mais problemas”, complementa Dardes.

Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê decorrente do uso do dispositivo. Mesmo assim, a mulher que engravidar com o DIU deverá realizar um exame para saber em que local o dispositivo se perdeu. “No início, se o DIU estiver perto do colo do útero, existem protocolos que recomendam sua retirada, o que pode casar sangramento. Se estiver no fundo do útero, atrás do embrião, não se deve retirar, e ele ficará junto à placenta”, afirma.

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A publicação com o primeiro momento de Dexter fora do útero da mãe tem mais de 60 mil compartilhamentos.

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