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Por Duda Monteiro de Barros
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Mulher encontra armadilha para cães no quintal e comove redes

A publicação teve mais de 370.000 visualizações e 8.768 compartilhamentos no Facebook

Por Marina Rappa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 Maio 2017, 22h42

A canadense Emma Medeiros resolveu levar seus cães para passear no quintal de casa na última terça-feira, pois fazia sol. Na companhia de Pandora e Ophelia, Emma sentou e observou seus pets caminharem tranquilamente pelo jardim. A collie Ophelia, no entanto, parou para cheirar algo que parecia comida. Quando Emma se aproximou, viu o que nenhum dono de animal de estimação gostaria.

O que Oplehia cheirava era uma salsicha de hot dog, mas ao pegar o alimento com as mãos e parti-lo ao meio, Emma ficou chocada ao ver que estava repleto de lâminas no interior.

Sem saber o que fazer, a mulher recorreu ao Facebook para relatar o absurdo.

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Emma aproveitou para fazer um apelo aos que vivem em regiões próximas a ela: “Chequem seus quintais, por favor!”. A publicação teve mais de 370.000 visualizações e 8.768 compartilhamentos no Facebook.

A canadense acionou as autoridades locais sobre o ocorrido. Mas o que é preciso fazer caso o seu animal seja vítima de uma tentativa como essa?

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De acordo com Clayton Trigueirinhas, advogado do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo, caso o tutor perceba uma tentativa de atentado à vida do animal de estimação, deve recolher provas que comprovem a alegação. “As provas podem ser o objeto que a pessoa usou para realizar o atentado ou um vizinho que possa ter presenciado o ocorrido. Nesses casos, recomendamos que a pessoa vá a uma delegacia especializada em meio ambiente. Lá, o caso será avaliado pelo delegado e caberá a ele enquadrar uma tentativa contra a vida do animal”, diz.

Se o animal for ferido ou morto, no entanto, o cenário legal é diferente. “O agressor pode ser enquadrado por maus tratos e pode ser pedido indenização por danos materiais e por danos morais. Os valores, no entanto, devem variar de animal para animal, dependendo de fatores como raça e raridade”, afirma Trigueirinhas.

“Para nós, os tutores, o animal tem sentimentos e é visto como um semelhante, mas a nossa legislação não coloca o animal no mesmo patamar que o humano. Isso depende de cada país. Ano passado, a legislação de Portugal começou a compreender que o animal tem a mesma condição que a vida humana, mas essas visões são bastante recentes”, diz.

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Ophelia e Pandora
Pandora e Ophelia (Emma Medeiros/Facebook)

Está assustado com tamanha brutalidade de pessoas contra os nossos queridos bichinhos? Temos uma boa notícia: você pode evitar que seu pet caia nas mãos de agressores.

“O adestramento exerce uma função muito importante nesse aspecto, pois ensinando o cão, o tutor vai protegê-lo. Olhando do ponto de vista do cachorro, é normal que ele queira pegar algo do chão por causa do olfato muito apurado. Ele não vai entender que aquilo machuca. No Brasil, infelizmente é comum que tentem matar cães e gatos com chumbinho. A ideia é que o adestramento ensine o cão a não pegar o que ele encontra no chão se o tutor não autorizar”, diz Carolina Rocha, especialista em comportamento animal e CEO da Pet Anjo.

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O dono pode contar com a ajuda de um adestrador para as primeiras lições do cão. “Normalmente, esse treinamento é feito em locais como sítio ou casas, em que possam envenenar o cachorro para invadir, ou no caso dos cães de serviço, como os da polícia. Pode ser colocada uma guia longa no animal para termos controle mesmo à distância. Começamos com uma guia de 2 metros e, conforme ele vai ficando melhor, vamos colocando guias mais longas durante o passeio. No percurso, sabemos onde tem comida, e, quando o cachorro vai abocanhar o alimento, interrompemos com um leve tranco na guia. Não pode ser forte, é só o suficiente para ele parar o movimento. O susto vai fazer com que ele relacione esse sentimento à comida que encontrar na rua. Sempre que o cachorro recusar a comida do chão e prestar atenção na gente, o recompensamos com petiscos – mas nunca com a comida que está no chão. Isso cria o hábito”, diz o adestrador Alexandre Rossi, mais conhecido como Dr. Pet.

“Mesmo cães que sejam treinados por adestradores, eles precisam ser monitorados e devem refazer o treinamento de tempos em tempos. Vai caber ao tutor continuar treinando o cão para evitar que esses acidentes aconteçam”, afirma Rossi.

Mas como treinar o cão em casa?

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“Primeiro, é importante ensinar o cachorro a sentar para conseguir o que ele quer. Separe algo muito gostoso como frango e pique em pedaços pequenos. Em um lugar tranquilo e quieto, mostre para o cão o alimento. No princípio, ele vai latir e pular para tentar pegar a comida, mas o humano deve ficar quieto, sem entregar o petisco. Uma hora, o cão vai se sentir cansado e vai sentar. Quando ele o fizer, entregue o frango a ele. Repita isso algumas vezes, até que ele compreenda que deve sentar e olhar para você para ganhar comida”, diz Rocha.

De acordo com a especialista, o próximo passo deve ser feito com o auxílio de uma guia. “Coloque alguns petiscos no chão a uma distância que o cão quase consiga pegar – mas que precise puxar a guia para fazer isso. Com outros petiscos na mão, você deve impedir que o animal consiga alcançar o alimento do chão. Quando o cão finalmente cansar, ele vai sentar novamente e vai olhar para o tutor para pedir a comida. Aí você entrega o frango que tem na mão. Dessa forma, ele vai associar a comida apenas ao tutor, e não ao chão. Vá aumentando a dificuldade colocando a comida cada vez mais próxima do cão ou indo para ambientes com mais distração, como a rua”, afirma Carolina Rocha.

“É um exercício de alto controle do tutor; exige muita paciência pois precisa de três a quatro dias de tentativas”, diz a CEO da Pet Anjo.

E se o seu cão engoliu algo que você não conhece a procedência, ou não sabe se pode fazer mal?

“Leve-o ao veterinário e, se conseguir, entregue ao médico um pouco do que ele possivelmente comeu. Dependendo da substância, o veterinário vai decidir o procedimento a ser tomado. Por exemplo, se ele comeu veneno de rato, pode vomitar. Mas se for osso de frango, ou um ácido, vomitar pode machucar mais ainda o esôfago”, diz Rossi.

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