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Por Duda Monteiro de Barros
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Animais sentem empatia por humanos?

Bebê elefante emocionou a internet com o que aparentou ser uma demonstração de amizade ao fundador da ONG que o abriga, a Save Elephant Foundation

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h30 - Publicado em 22 out 2016, 09h19

Esse bebê elefante emocionou a internet com o que aparentou ser uma demonstração de amizade ao fundador da ONG que o abriga, a Save Elephant Foundation, na Tailândia. Kham La, de 5 anos, estava com outros animais na beira de um rio quando foi em direção ao homem, que fingia se afogar. A cena dá a entender que Kham achou que ele estava precisando de ajuda e foi auxiliá-lo.

O caso é fofíssimo, sim! Então, óbvio que fez sucesso online. Mas, indo além, ele levanta uma questão curiosa: será que animais realmente sentem empatia pelos humanos?

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=uVceZEfAsTc?feature=oembed&w=500&h=281%5D

Alguns pesquisadores afirmam que sim. A exemplo do holandês Frans de Waal, mais reconhecido primatologista da atualidade, criador do conceito do “Modelo das Bonecas Russas”. A proposta é que a empatia entre seres vivos, inclusive animais, poderia ser classificada em três matrioskas (famosas bonecas russas que se encaixam umas dentro das outras).

A boneca menor e mais interna representaria o contágio emocional, um mecanismo que gera a imitação de comportamento, como um bocejo que é copiado por várias pessoas próximas.  A intermediária poderia ser traduzida no “companheirismo”, como o entre adversários políticos antes de uma eleição ou entre chimpanzés em um zoológico. Por último, a terceira boneca, a externa, onde se resguardaria a empatia humana (e similar, mesmo que em níveis menores de desenvolvimento, à apresentada por alguns animais, como os elefantes), aquela que compele indivíduos a se colocar no lugar de outras pessoas (ou, mesmo, bichos) para, assim, as compreender. O modelo foi apresentado, por exemplo, em 2015, por de Waal na palestra “Comportamento moral dos animais”, para o popular evento TED.

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Para de Waal, muitos mamíferos e pássaros apresentariam o primeiro estágio da empatia, o contágio emocional. Alguns animais, além desse primeiro passo, também teriam capacidade de “companheirismo”. Por fim, há aqueles que chegam próximos do nível empático humano, exibindo traços da terceira boneca. Caso de golfinhos, alguns dos primatas e, sim, dos elefantes.

Sobre a atitude do fofo Kham, o do vídeo que viralizou, especificamente, o médico veterinário, especialista em comportamento animal, Guilherme Soares explica que animais sentem empatia por indivíduos que consideram do seu grupo social e que tal sentimento pode se estender aos seres humanos: “Quando nós interagimos com esses nossos parceiros, eles passam a nos reconhecer como parte do seu convívio social, mas não necessariamente como seus iguais, como algumas pessoas chegam a acreditar”.

Ele afirma, contudo, que reconhecer um humano como parte de seu grupo não é o único motivo para tais atitudes: “Há também histórias de altruísmo gratuito de animais com pessoas totalmente desconhecidas. Nessas situações, é provável que os bichos vejam o homem como um vulnerável, como se fosse um filhote de outra espécie”, conclui.

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