Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

VEJA Recomenda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Os principais lançamentos da música, do cinema, da literatura e da produção infanto-juvenil, além da TV, comentados pelo time de VEJA
Continua após publicidade

Pattinson prova que é bem mais que o vampiro de ‘Crepúsculo’

No filme 'Bom Comportamento', que estreou na quinta-feira (19), o ator dá tudo de si e mais um tanto

Por Da Redação Atualizado em 20 out 2017, 06h00 - Publicado em 20 out 2017, 06h00

(Good Time, Estados Unidos, 2017) Nick (Benny Safdie) tem dificuldade até com os exercícios mais simples que o terapeuta propõe: intelectualmente atrasado e emocionalmente paralisado, ele é um emaranhado de medos, vulnerabilidades e reações agressivas. Ainda assim, seu irmão Connie (Robert Pattinson) enxerga a tentativa de desenovelar essa confusão como uma invasão da complicada e miserável intimidade familiar deles, na qual se percebem indícios de abuso físico e psicológico. Arrastando Nick para fora da instituição psiquiátrica, Connie dá ao irmão um inesperado voto de confiança: faz com que ele ponha uma máscara para assaltarem, juntos, um banco em Nova York. Tudo sai terrivelmente errado, é claro: um marginal inteligente mas desorganizado e impulsivo, Connie fracassa em planejar mais que um lance adiante, e a cada passo é obrigado a se ajustar às calamidades que ele mesmo cria. Nick, que não consegue nem se explicar, é pego pela polícia e mandado para a detenção em Rikers Island enquanto aguarda o indiciamento. Connie acha que é preciso retirá-lo de lá com urgência, e durante toda uma noite ele vai conceber um plano atrás do outro para levantar dinheiro para a fiança, em um acúmulo desesperador de desastres. Quase todo filmado em closes fechadíssimos, com uma iluminação que deixa a ação repleta de zonas de sombras e num ritmo que reproduz o pesadelo infindável de Connie (no que a trilha sonora colabora de maneira exemplar), Bom Comportamento é cinema com maiúscula (foi indicado à Palma de Ouro no último Festival de Cannes) e um desses esforços de guerra em que jovens cineastas eventualmente se engajam: Benny Safdie, além de interpretar Nick, é co¬montador do filme e o dirige em parceria com seu irmão Josh Safdie — que, por sua vez, é também corroteirista. Mas o filme surpreendeu em Cannes pelo desempenho de Pattinson: desde que deixou o papel do vampiro romântico Edward Cullen na saga Crepúsculo, o ator inglês vem fazendo o possível para se desafiar e se aprimorar em produções independentes em que seu cacife de galã nada conta. Agora, depois de dois trabalhos com o diretor David Cronenberg e de várias outras investidas em papéis menores mas instigantes, Pattinson colhe os frutos do empenho. Em Bom Comportamento, ele dá tudo de si e mais um tanto. Pela primeira vez, pode ser considerado, sem reservas, um intérprete visceral.

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.