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Cultura

Os novos rolezinhos de Seinfeld em ‘Comedians in Cars Getting Coffee’

Na 11ª temporada da série nascida na internet e encampada pela Netflix, o humorista roda em carrões com colegas como Eddie Murphy e Ricky Gervais

Por Marcelo Marthe SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 25 jul 2019, 17h40 - Publicado em 25 jul 2019, 17h38

Eddie Murphy e Seinfeld em 'Comedians in Cars Getting Coffee' (Netflix/Divulgação)

Enquanto dirige um Rolls-Royce Dawn 2018 grafite pelas ruas de Nova York, Jerry Seinfeld pergunta a seu caronista – o também comediante inglês Ricky Gervais, de The Office – por que ele diz gostas tanto da cidade. Entre uma e outra platitude, Gervais comenta que é porque, em Nova York, as pessoas são muito diferentes. Seinfeld devolve na lata: “Mas em que lugar você acha que as pessoas são todas iguais? Só se for na China.” Momentos assim confirmam: Seinfeld encontrou na série Comedians in Cars Getting Coffee – cuja nova temporada (a 11ª) acaba de estrear na Netflix – o melhor plano de aposentadoria possível, tanto para ele próprio quanto para o espectador. O humorista que brilhou no horário nobre da TV americana nos anos 90 com seu “show sobre o nada” iniciou na internet, como quem não quer nada, o programete em que basicamente dá vazão de forma descontraída a dois de seus maiores interesses pessoais: andar por aí de carrões e jogar conversa fora com amigos e colegas de profissão. A proposta deu tão certo que foi encampada pela Netflix, e tomou banho de loja – como se constata no desfile cada vez mais ambicioso de automóveis de grife. O conteúdo mantém-se afiado como de praxe: além dos papos divertidos e situações insólitas, Seinfeld consegue extrair altas questões existenciais vividas por seus convidados na profissão. Na nova temporada, Eddie Murphy conta que gostaria de voltar à estrada como comediante stand-up, mas que trava quando vê que não nenhum material novo para apresentar. E Seth Rogen revela que queria também fazer stand-up no início da carreira, mas desistiu da ideia ao ver que tinha gente muito melhor que ele na praça – o que não o impediria de se tornar uma referência do humor no cinema.