(Die Göttliche Ordnung, Suíça, 2017. Já em cartaz no país) O cinema da Suíça é presença rara no circuito, mas vem bem representado pelo candidato do país a uma indicação ao Oscar. Em 1971, novidades como feminismo e liberação sexual ainda não chegaram à sonolenta cidadezinha suíça onde a jovem Nora (Marie Leuenberger) cuida da casa, dos dois filhos, do marido e do sogro grosseirão. Ela quer voltar a trabalhar, mas o marido não deixa — e, pela lei, ela necessita da autorização dele. Inflamada pela recusa e curiosa com as campanhas a favor do voto feminino, questão que em breve será decidida em plebiscito, Nora, para sua própria surpresa, vira uma ativista. Nas mãos da diretora Petra Volpe, o espantoso atraso da Suíça em autorizar o sufrágio feminino (em uma região, o veto perdurou até 1991) vira uma gentil comédia de toques dramáticos.

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