‘Meu Querido Filho’: a radicalização de jovens de famílias seculares
Em filme do diretor tunisiano Mohamed Ben Attia, jovem desaparece enquanto se prepara para testes pré-universidade
(Weldi, Tunísia/França/Bélgica/Catar, 2018. Já em cartaz no país) Sami (Zakaria Ben Ayyed) está se preparando para os exames pré-universidade, e suas enxaquecas constantes, seu mutismo e seu isolamento preocupam os pais, Riadh e Nazli (Mohamed Dhrif e Mouna Mejri), um casal de classe média de Túnis devotado ao garoto. Certo dia, Sami desaparece — e, quando a explicação para o sumiço surge, ela é devastadora. Riadh, em especial, não consegue parar de se perguntar como poderia conhecer tão pouco seu único filho e parte numa busca desesperada e, afinal, infrutífera. O diretor tunisiano Mohamed Ben Attia, que em A Amante discutira as dificuldades de um jovem de se libertar de valores tradicionais, agora trata de um dilema de certo modo oposto: a radicalização de jovens criados em famílias seculares.