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Por Valmir Moratelli
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O autogolpe de Gabriela Pugliesi: falta de noção e fuga de patrocinadores

Amigos temem que ela entre em depressão e sugerem que faça uma doação para mostrar arrependimento

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 abr 2020, 18h25 - Publicado em 27 abr 2020, 09h10

Ao assistir seus mais de dez anunciantes quebrarem contratos, Gabriela Pugliesi percebeu o tamanho do buraco cavado por ela mesma. A influenciadora expôs ao Brasil que seu discurso de vida saudável tem a consistência de uma mousse de whey protein estragado. No sábado, 25, ela organizou uma festa em sua casa para Mari Gonzalez, amiga que acabara de ser eliminada do BBB. Estiveram no evento pelo menos dez pessoas, quase todas blogueiras que vendem um estilo de vida academia-corrida-natureza – como Mari Saad e Bárbara Brunca. Como tudo o que faz, cada detalhe foi pensado para produzir conteúdo para seu Instagram. Só que, desta vez, ao quebrar o isolamento social, a ideia saiu pela culatra. O mais grave não foi a decoração de balões, evidentemente, mas dizer a seguinte frase na pista de dança de sua casa: “foda-se a vida”, justamente no auge da pandemia do coronavírus no Brasil. Ela, no caso, já se contaminou pela Covid-19 na ocasião do casamento de sua irmã na Bahia, no fim de março. Não há nenhuma prova de quem se contaminou não possa se contaminar novamente.

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No dia seguinte ao teatro do absurdo, Pugliesi gravou um vídeo pedindo desculpas. Como na era da rede social tudo acontece em ritmo frenético, ela foi atacada por seguidores e amigos — e viu a sua fonte de renda sumir. Rappi, Liv Up e Hope são algumas das empresas que pularam fora. Em um mês bom, ela faturava mais de 200.000 reais. Os contratos atuais têm todos uma cláusula para evitar polêmica. Se o artista ou influenciador fizer algo com risco de contaminar o anunciante, o acordo pode ser interrompido sem nenhuma multa.

Amigos dizem que Pugliesi percebeu que foi “burra” — muito por expor a festa (mas não por ter feito). Mas não é só isso. Ela foi contra absolutamente tudo o que prega. Diante da ressaca moral e da fuga de clientes, pessoas próximas temem que ela entre em depressão. Outros sugerem que Pugliesi faça uma doação significativa como forma de mostrar seu arrependimento de forma concreta.

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Gabriela Pugliesi surgiu no mundo digital com uma história de superação, da gordinha que ficou com o corpo sarado graças a muito esforço. Foi precursora no segmento de musa fitness digital e ganhou muito dinheiro vendendo um estilo de vida saudável. Passou a usar a palavra “mara” como seu principal adjetivo. A vida é “mara”, o sol é “mara”, treinar é “mara”. Seu nome virou manchete com as polêmicas, algumas “maras” de acompanhar, como a separação do primeiro marido, as brigas com a ex-mulher de um novo namorado, dar dicas de saúde controversas, os retoques no rosto… A cada nova polêmica, mais seguidores.

Pugliesi se transformou na Luana Piovani das influenciadores: a audiência ama odiar. Com uma diferença. A Luana é uma atriz de formação. Gabriela, em tese, vende um estilo de vida real. Embora tenha 4,4 milhões de seguidores (perdeu 100.000 em doze horas). A frase “foda-se a vida” pode ter sido seu autogolpe fatal em uma carreira ancorada numa estilo de vida “mara”. A seu favor, conta o fato de já ter se reerguido de outras polêmicas. A conferir quais serão os próximos passos.

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