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Marcos e Belutti, na contramão do sertanejo

Do visual ao estilo musical, dupla aposta em mudanças para se manter em alta no meio musical

Por Lucas Almeida Atualizado em 3 jul 2017, 18h46 - Publicado em 3 jul 2017, 18h45

Em 2018, a dupla Marcos & Belutti comemora 10 anos. A longevidade, segundo os sertanejos, é fruto da constante vontade de experimentação. “O mercado sertanejo, em certo ponto, é um mercado em que as pessoas procuram fazer sempre o que está dando certo. No nosso caso, a contramão funciona melhor”, conta Marcos. Eles estão entre os pioneiros que apostaram na mistura com o arrocha. O resultado foi a explosiva Aquele 1%, com Wesley Safadão, em 2015. Depois, voltaram ao clima açucarado com Romântico Anônimo, a quinta mais tocada de 2016. Agora, os paulistas desfrutam de um novo hit, a faixa pop Eu Era, do novo disco, intitulado Acredite, cativa nas listas de mais tocadas das rádios e do Spotify.

A inovação do último disco veio na produção. Todas as músicas foram gravadas em estúdio, ao contrário da moda de acústicos ou gravações ao vivo em grandes shows, que dominam os álbuns do estilo. Outra novidade foi o clipe de Eu Era, feito em plano-sequência. “Não queríamos fazer um vídeo de historinha, como todo mundo faz. E você pode ter certeza que nos próximos, a gente vai tomar muito cuidado para fazer algo diferente”, afirmam.

Confira entrevista com a dupla:

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O novo álbum, Acredite, é todo gravado em estúdio. Aboliram o ao vivo?

Belutti: Nós viemos de dois álbuns acústicos ao vivo e precisávamos criar algo diferente. O público queria isso também. Além disso, com os dez anos de carreira no ano que vem, nós vamos fazer um DVD e ele será ao vivo.

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Marcos: O mercado sertanejo, em certo ponto, é um mercado em que as pessoas procuram fazer sempre o que está dando certo. No nosso caso, a contramão funciona melhor. Quando estouramos com Domingo de Manhã, muita gente falou que seríamos a dupla de uma música só. Estamos bem até agora, porque acreditamos e nos reinventamos.

Belutti, há pouco tempo, você respondeu com ironia um tuíte do ex-presidente Lula. Qual sua relação com a política atualmente?

Belutti: Acompanho o que acontece na política diariamente e acho que estamos em um cenário muito complicado. Eu estou bastante infeliz com o que vejo. Acredito que precisamos de uma mudança urgente, mas eu não consigo enxergar alguém que possa fazer essa transformação. Eu não defendo partido nenhum. Não confio em nenhuma das pessoas que estão no comando.

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Muita gente falou que seríamos a dupla de uma música só. Estamos bem até agora

Marcos

Acham que o mercado sertanejo está saturado?

Marcos: O mercado tem espaço para todo mundo. Neste continente chamado Brasil, existem festas variadas que abrigam muitos estilos de música. Está na cara que o sertanejo é o mais forte e um dos motivos é o surgimento de novos cantores. Ao contrário de alguns artistas que ficam incomodados com o estouro de um ou outro, nós do sertanejo temos que ficar felizes quando um novo artista cresce, porque ele está jogando o mercado inteiro pra cima.

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Recentemente, a cantora Elba Ramalhou criticou o número de cantores sertanejos que estão participando das festas juninas do nordeste, em comparação com os de forró. 

Belutti: O artista vai aonde o público quer que ele esteja. O contratante só chama quem o público estiver pedindo. Nós fizemos shows em São João da Bahia, porque o público quis e pediu para o contratante. Não podemos responder ou rebater, só vamos tocar onde formos chamados. Temos que fazer o nosso papel de tocar e agradecer a Deus pelas oportunidades que aparecem.

Quais são os sonhos para a dupla?

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Marcos: O que a gente mais almeja conquistar é o respeito e longevidade, como Zezé Di Camargo & Luciano, Bruno & Marrone, e algumas outras duplas têm. É provar para nós mesmos e para o mercado, que somos capazes de sempre lançar música boa e mesmo com dez ou quinze anos de carreira, ter canções entre os artistas que a galera consome.

Marcos, você teve a sua primeira filha com apenas 14 anos e quase foi expulso da igreja por isso. Como ficou a sua relação com a religião?

Marcos: Eu frequentava uma igreja Batista tradicional, em que existia uma assembleia que podia excluir e aceitar membros. Faltando uma semana para essa assembleia, o pastor, que era muito amigo meu, me avisou que eu seria excluído do hall de membros. Eu poderia continuar frequentando a igreja, mas não poderia mais cantar lá, nem fazer parte de nenhum ministério. Quando ele me avisou, já me aconselhou a fazer uma carta de exclusão para eu não ser “expulso”. Na época, minha frequência na igreja diminuiu, mas hoje ou faço parte dos membros de novo. Fui criado desse jeito, então eu passei por essa “humilhação”, pelo erro que cometi, mas hoje está tudo bem. Agradeço a Deus pelo o que passei. Tudo isso ajudou a construir quem eu sou hoje.

Você é conhecido por ser muito vaidoso. Como é isso no dia-a-dia? 

Marcos: Eu aprendi a escovar o meu cabelo e, inclusive, escovo o do Belutti. Se precisar eu escovo qualquer cabelo (risos). Gosto de experimentar estilos diferentes. Usei um bigode por muito tempo, mas quando outros começaram a usar também decidi tirar. Agora, tenho um recorte entre a costeleta e a barba há mais de um ano. Se amanhã isso virar moda, eu vou tirar. Não acho que sou o cara mais bonito, mas gosto de ser diferente.

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