No último sábado, 23, Ludmilla cantou na festa de aniversário de 1 ano do filho do bicheiro carioca Rogério Andrade, no Rio de Janeiro. Líder da máfia do caça-­níquel e presidente de honra da Mocidade Independente de Padre Miguel, Andrade já viu o sol nascer quadrado em uma condenação por contravenção. Ele também enfrenta uma investigação por supostamente usar a escola de samba para lavagem de dinheiro. Ludmilla alega ter sido contratada por terceiros. A contratante, no caso, foi a empresa Geórgia Festas, que por sua vez acionou a promoter Carol Sampaio para intermediar o convite à funkeira. Embora não tenha relação de amizade com o dono do evento, Ludmilla sabia que o show seria para o bicheiro — e, como não é boba nem nada, evitou postar fotos nas redes sociais. No réveillon de 2009 para 2010, Beyoncé foi duramente criticada — com razão! — por cantar em festa privada do ditador da Líbia Muamar Kadafi. A cantora americana, diante de grita e do bom-senso redobrado, decidiu doar o equivalente a 3,3 milhões de reais que recebera de cachê. Estima-se que Ludmilla tenha embolsado 200 000 reais pelo show para o bicheiro.

Importante: a assessoria de imprensa da Geórgia Festas desmente, diz que o trabalho da empresa se resumiu à decoração; já a equipe de Carol Sampaio afirma que o contato com a Ludmilla, foi, sim, feito pela decoradora.

Publicado em VEJA de 4 de dezembro de 2019, edição nº 2663

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