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Por Valmir Moratelli
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Para não demitir 260 funcionários, salão de beleza vira mercado orgânico

Vendas de frutas, hortaliças e vinhos biodinâmicos permanecerá após a pandemia do coronavírus

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2020, 14h24 - Publicado em 19 Maio 2020, 13h38

O momento era de euforia e de contratações. Em novembro de 2019, os empresários Cris Dios e Itamar Cechetto investiram 4 milhões de reais para abrir no Brasil o primeiro salão de beleza da Aveda, marca sustentável do conglomerado de luxo Estée Lauder. Para a inauguração, vieram executivos da França e dos Estados Unidos. Foi o oitavo salão do casal, dono da rede Laces and Hair, com estabelecimentos em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e clientes como Alessandra Ambrosio e Izabel Goulart. Algumas unidades faturaram mais de 1 milhão de reais por mês. Aí veio a pandemia e todo o negócio precisou interromper suas atividades. “Decidimos não demitir nenhum dos 260 colaboradores, todos em regime CLT, mas precisamos nos reinventar”, conta Cechetto.

Por reinventar, entenda-se: abrir um novo negócio no meio da pandemia. Quando houve a última prorrogação da quarentena para além do dia 30 de maio no estado de São Paulo, ainda sem data para acabar, constatou-se que o fluxo de caixa da empresa daria conta das despesas até o dia 10 de junho. O casal decidiu mudar o contrato social de duas unidades para transformá-los em mercado de secos e molhados, mas sem disponibilizar os serviços típicos de salão. O tempo entre a tomada de decisão e abertura: 12 dias. “Acionamos empresas como Nakao Alimentos e Solly Supermercados Orgânico que, assim como nós, estavam precisando se movimentar. A partir desta semana, reabrimos para vender hortaliças, frutas, grãos, flores, vinhos biodinâmicos…”, diz Cris.

Darwinismo em tempos de pandemia: salão da marca sustentável Aveda, que recebeu investimento de 4 milhões de reais, transformado em mercado de secos e molhados (André Ligeiro/VEJA)

O mercado deve seguir dentro do salão após o mundo voltar ao seu novo normal. “A crise mostrou a necessidade de resolver o deslocamento das pessoas, de resolver as questões perto de casa e em um mesmo local”, diz Cris. Até a pandemia, a receita da empresa era dividida entre serviços (80%) e produtos de beleza (20%). Na quarentena, com investimento em lives e marketing digital, a venda de xampus, sabonetes e afins pelo e-commerce foi triplicada.

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Segundo dados da Beauty Fair e Euromonitor, o Brasil possui 500.000 salões de beleza formais — que geram emprego de 1 milhão de profissionais. Estima-se que tenham outros 500.000 salões informais no país. O setor como um todo está bastante apreensivo, ainda que o presidente Jair Bolsonaro tenha colocado o salão como atividade essencial. O Supremo Tribunal Federal deu autonomia aos estados e municípios para decidirem o que abre e fecha durante a pandemia. Em São Paulo, esse segmento segue de portas fechadas. A pandemia, na Itália, teve um efeito colateral devastador para o negócio da beleza: 25% dos salões do país fecharam as portas. “Já contratamos infectologistas e empresas de dedetização para quando tudo voltar a abrir”, diz Cris.

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