Jair Bolsonaro entre Rosangela Lyra e Enrico Celico
Empresário disse que buscava uma “feminista carente” para ver se ele “ainda leva jeito com a coisa”.
Por essa a ativista política Rosangela Lyra não esperava. Ela organiza com dedicação militar pelo menos três grupos de WhatsApp, todos com lotação máxima (256 pessoas), para discutir as eleições — enaltece a gestão de Geraldo Alckmin, proíbe a postagem de fake news e não aceita comentários favoráveis ao candidato Jair Bolsonaro, sob pena de expulsão. Seu filho, o empresário Enrico Celico — que, nas redes sociais, se refere à mãe como Kim Jong-un (carinhosamente, claro) —, apoia o candidato do PSL.
Amigas afirmam que Rosangela está desolada com as convicções do filho, que vem exibindo aquela fineza argumentativa própria dos bolsominions: em um post de rede social, o rapaz disse que buscava uma “feminista carente” para ver se ele “ainda leva jeito com a coisa”. E arrematou: “Campanha 2019 Bolsomito”. As modelos Vivi Orth, Lea T e Carol Ponce indignaram-se com as manifestações. Ao repreendê-lo, Vivi recebeu respostas de delicadeza impublicável. “Enquanto ele usa a imagem para propagar o mal, uso a minha para abrir os olhos das pessoas”, disse Vivi. Celico diz que não é machista: “As pessoas têm de tirar da cabeça que qualquer brincadeira é ofensa”.
Celico Nega ser machista: “as pessoas que mais admiro no mundo são minha mãe e irmã, mulheres que trabalharam durante toda a vida e me dão orgulho. O mundo está ficando muito chato, e esse “politicamente correto” que vem crescendo em nossa sociedade tem ajudado pra isso, além de ser uma hipocrisia total.”