Italiana de Milão naturalizada brasileira em 2016, a esgrimista Nathalie Moellhausen é uma das maiores apostas de medalhas para a Olimpíada de Tóquio. “Já estou encarnada no meu papel de vencer”, diz ela, em um português perfeito. Neta de uma paulistana, Nathalie mora em Paris, onde treina seis horas por dia. Sua rotina não foi abalada pelo risco de uma epidemia mundial. “Eu não sou paranoica, penso que uma gripe comum mata mais do que o coronavírus. Sigo com minha vida de forma normal.” Colegas de ofício não tiveram a mesma sorte: “Algumas esgrimistas chinesas que vieram a Paris para fazer provas decidiram não retornar”. O sonho de Nathalie: ver a esgrima se tornar um esporte menos elitista no Brasil. “Na Itália e na França, a modalidade é ensinada em muitas escolas públicas.”

Publicado em VEJA de 11 de março de 2020, edição nº 2677

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