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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Quem vencerá a disputa pelo Emmy 2016?

O canal Warner transmitirá esta noite, dia 18 de setembro, a partir das 21h, a cerimônia de entrega do 68º prêmio Emmy, com as principais categorias, sendo que o tapete vermelho começa às 20h. As duas cerimônias destinadas aos prêmios técnicos foram realizadas nos dias 10 e 11 de setembro. A lista dos vencedores destes dois […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 30 jul 2020, 21h49 - Publicado em 18 set 2016, 12h13
Jimmy Kimmel

Jimmy Kimmel

O canal Warner transmitirá esta noite, dia 18 de setembro, a partir das 21h, a cerimônia de entrega do 68º prêmio Emmy, com as principais categorias, sendo que o tapete vermelho começa às 20h. As duas cerimônias destinadas aos prêmios técnicos foram realizadas nos dias 10 e 11 de setembro. A lista dos vencedores destes dois eventos será divulgada aqui no blog juntamente com a dos prêmios principais.

Pela segunda vez, o Emmy contará com Jimmy Kimmel como mestre de cerimônias. O apresentador já tinha exercido esta função em 2012. Para ajudá-lo a apresentar os prêmios por categoria, a Academia convidou vários atores conhecidos do grande público.

Entre eles, Anthony Anderson (black-ish), Aziz Ansari (Master of None), Hank Azaria (Os Simpsons), Kristen Bell (House of Lies), Julie Bowen (Modern Family), Kyle Chandler (Bloodline), Priyanka Chopra, James Corden, Bryan Cranston (Breaking Bad), Claire Danes (Homeland), Larry David (Curb Your Enthusiasm), Michelle Dockery (Downton Abbey), Minnie Driver (About a Boy), Tina Fey (30 Rock), Tony Goldwyn (Scandal), Taraji P. Henson (Empire), Terrence Howard (Empire), Allison Janney (Mom), Rami Malek (Mr. Robot), Margo Martindale (The Americans), Amy Poehler (Parks and Recreations), Andy Samberg (Brooklyn Nine-Nine), Liev Schreiber (Ray Donovan), Peter Scolari (Girls), Kiefer Sutherland (24 Horas), Michael Weatherly (NCIS, Bull).

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Este é o segundo ano em que a Academia de Televisão Americana coloca em prática suas novas regras de votação, as quais alteram o resultado das categorias de melhor produção (drama, comédia, variedades, reality shows, etc). Até 2014, todos os membros votantes participavam da rodada que elegia os indicados destas categorias, mas nem todos tinham acesso ao voto final (aquele que escolhe o vencedor). A partir de 2015, os vinte mil membros votantes participam da fase de seleção e da fase de escolha do vencedor de melhor programa. As categorias de atores, diretores, roteiristas e outros profissionais continuam sendo escolhidas por grupos que representam estas profissões.

Estas mudanças poderão fazer com que a Academia mude seu perfil, que até agora vem se definindo como tradicional. Neste caso, significa que programas voltados para relacionamentos familiares ou com temáticas políticas, sociais, religiosas e históricas, bem como com mensagens mais positivas que negativas, costumam ter preferência. Produções mais voltadas para aventuras, fantasia e ficção científica, ou temas e abordagens muito segmentadas, costumam ser deixadas de lado ou, pelo menos, costumavam. A vitória de Game of Thrones no ano passado pode ter sido (ou não) um indício de que o perfil da Academia esteja começando a mudar. Sua vitória (ou a de Mr. Robot) neste ano na categoria Melhor Série Dramática poderá ser uma confirmação desta mudança.

Avaliando os indicados pelo perfil tradicional da Academia, o vencedor de Melhor Série Dramática teria que ser The Americans. Esta é uma série situada na década de 1980 (preenche a preferência por drama de época), que gira em torno de um casal de espiões da KGB (preenche a preferência por dramas políticos) vivendo infiltrado nos EUA. Posando como uma típica família americana, com seus dois filhos adolescentes, a série retrata as missões deste casal e sua luta para permanecer invisível diante dos olhos atentos do FBI.

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The Americans vinha sendo ignorada pela Academia há três temporadas, sendo indicada ao Emmy justamente naquela que está mais focada ao drama familiar (preenche a preferência por relacionamentos familiares). A série disputa o Emmy com seis episódios muito bem estruturados, que desenvolvem a trama, as questões políticas da época e as tensões familiares que surgem em consequência da situação proposta.

O maior adversário de The Americans é Game of Thrones, que tem a preferência da grande mídia e de críticos especializados. Esta série, como já foi dito, seria a representante da mudança de perfil da Academia. O fato dela ter ganho em 2015 leva a crer que, finalmente, a Academia começa a olhar para ‘os lados’ na hora de escolher um vencedor. No entanto, vale lembrar que, no ano passado, o maior adversário de Game of Thrones era Mad Men, série que já tinha conquistado quatro Emmys de melhor produção.

Até 2007, a Academia não tinha problemas em voltar a premiar uma série depois que ela parou de ganhar, a exemplo do que ocorreu com The Jack Benny Show, Tudo em Família, Upstairs Downstairs, L.A. Law, Cheers, Everybody Loves Raymond e The Sopranos. Mas, desde esta última, nenhuma outra produção que tenha parado de ganhar voltou a sair vencedora em uma categoria de Melhor Série (dramática ou cômica). Neste caso, fica a pergunta: Game of Thrones ganhou porque a Academia não voltaria a premiar Mad Men? A resposta poderá ser dada esta noite, caso a série volte a ser a vencedora nesta categoria.

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Este ano, Game of Thrones compete com episódios que salientam seu tema de fantasia e aventura, dois gêneros que até então vinham sendo desprezados pela Academia (nesta categoria), muito embora também traga várias questões familiares, políticas,  religiosas e, nesta temporada, uma visão mais positiva em relação ao bem vencendo o mal (não vamos entrar em detalhes para não revelar spoilers para aqueles que ainda não assistiram aos episódios). Junte-se a isto o fato de que a série não estará elegível para concorrer no ano que vem, o que poderia dar aos membros votantes o estimulo para elegê-la a melhor série dramática deste ano. Afinal, sabe-se lá que produções estarão concorrendo em 2018, quando Game of Thrones poderá voltar à lista de indicados.

A zebra da noite seria Mr. Robot, uma produção extremamente segmentada, o que pode dificultar sua receptividade junto aos membros votantes. Esta é uma série que narra a vida de um hacker com problemas psicológicos e emocionais, que o levam a ter dificuldades de se socializar. A série traz situações políticas, econômicas e sociais, bem como questões pessoais que refletem problemas familiares. Mas, além de ser voltada para um público segmentado, ela também é a primeira do canal USA a ser indicada nesta categoria.

O problema do USA é que ele cresceu como um canal voltado para séries de entretenimento leves, sem grande preocupação em aprofundar em temas ou personagens mais complexos (com exceção de algumas minisséries). Este perfil do canal está mudando e Mr. Robot é sua primeira vitória nesta linha de produção. A pergunta que fica é: estaria a Academia disposta a premiar o canal em seu primeiro acerto, considerando que ela demora a abraçar novidades e mudanças?

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A ideia de não voltar a premiar uma série que parou de ganhar impediria a vitória de Homeland ou mesmo de Downton Abbey (que ganhou quando concorreu em sua primeira temporada na categoria minisséries). A vantagem da produção inglesa seria o fato de que ela concorre por sua última temporada. Mas este também era o caso de 30 Rock e Mad Men, duas grandes favoritas da Academia, que não voltaram a ganhar nem mesmo em sua última temporada. Já House of Cards parece que está se tornando aquela série sempre indicada, mas sempre com poucas chances de vitória (a qual seria uma grande surpresa), considerando a força que tem seus concorrentes a cada ano.

Na categoria comédia, Veep parece ser imbatível. Além de ser uma ótima série que se fortalece a cada temporada, ela é a grande representante do ano político que os EUA está vivendo com a corrida presidencial (algo que também é retratado na atual temporada da série). Transparent, que poderia ser uma opção, não se enquadra perfeitamente na definição comédia, o que a prejudica.

Na disputa pelo Emmy, as minisséries (ou séries com características de minisséries) deste ano enfrentam o favoritismo de American Crime Story: The People v. O.J. Simpson, que recria de forma caricata o sensacionalismo da cobertura e do julgamento de Simpson. Quem poderá perder com isso é American Crime, que se enquadra mais no perfil tradicional da Academia, por abordar questões sociais muito importantes, ao mostrar nesta temporada os problemas que vivem os adolescentes nas escolas, com bullying e violência sexual.

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Entre os atores, a maior disputa está na categoria Melhor Ator de Série Dramática. A crítica especializada aposta na vitória de Rami Malek, por Mr. Robot. Mas aqui entra novamente a pergunta que fizemos em relação à série. Estaria a Academia disposta a abraçar o novo, prejudicando Kevin Spacey (House of Cards), que já foi indicado cinco vezes ao Emmy sem ter ganho nada até agora (sendo que os dois estão aptos para levar o Emmy)?

No caso da Academia querer transformar Spacey em um novo Steve Carell (The Office) ou Angela Lansbury (Assassinato por Escrito), e não abrir os braços para Malek (em sua primeira indicação), ela poderá dar a vitória para a zebra nesta categoria: Bob Odenkirk, que concorre por Better Call Saul, série que é spinoff de Breaking Bad, uma das favoritas da Academia nos últimos anos. Odenkirk já foi indicado nove vezes ao Emmy, sendo duas por atuação e as demais por roteiro (tendo ganho duas vezes como roteirista de programas humorísticos).

Entre os demais concorrentes, o Emmy poderá ficar com Jeffrey Tambor (Transparent), Courtney B. Vance (American Crime Story: The People vs. O.J. Simpson), Robin Wright (House of Cards), Julia Louis-Dreyfuss (Veep) ou Laurie Metcalf (Getting On), que também faz (muito) por merecer, Sarah Paulson (American Crime Story: The People vs. O.J. Simpson) ou Kirsten Dunst (Fargo), Michael Kelly (House Of Cards), Sterling K. Brown (American Crime Story: The People vs. O.J. Simpson), Tony Hale (Veep), Maura Tierney (The Affair), Judith Light (Transparent) e Jean Smart (Fargo).

Confiram aqui os indicados por categoria (séries e minisséries), e aqui lista dos episódios pelos quais séries e atores disputam o prêmio.

Leiam também:

Conheçam os grandes vencedores (e perdedores) da história do Emmy
A História do Prêmio Emmy

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