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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Por onde anda o ‘Casal 20’?

Famosa no Brasil pelo título em português Casal 20, a série Hart To Hart foi uma das produções cujo sucesso influenciou toda uma década e perpetuou um formato. Até então, poucas séries americanas de detetives/policiais tinham sido produzidas nas quais homem e mulher eram apresentados em pé de igualdade, a exemplo de Mr. and Mrs. […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 1 dez 2016, 15h43 - Publicado em 8 out 2016, 17h24
(E-D) Robert Wagner, Stefanie Powers, Lionel Stander e Freeway em 'Casal 20' (Fotos: ABC/Arquivo)

(E-D) Robert Wagner, Stefanie Powers, Lionel Stander e Freeway em ‘Casal 20′ (Fotos: ltoBC/Arquivo)

Famosa no Brasil pelo título em português Casal 20, a série Hart To Hart foi uma das produções cujo sucesso influenciou toda uma década e perpetuou um formato.

Até então, poucas séries americanas de detetives/policiais tinham sido produzidas nas quais homem e mulher eram apresentados em pé de igualdade, a exemplo de Mr. and Mrs. North (1952-1954), The Thin Man (1957-1959), Paul Temple (1969-1971) e Casal McMillan/McMillan and Wife (1971-1977). Embora estas produções tenham causado impacto em suas respectivas épocas, foi o sucesso de Casal 20 que fez a TV americana explorar este filão, fazendo surgir na década de 1980 uma grande quantidade de casais (casados ou não) investigando crimes. Desde então, este formato passou a ser utilizado como um recurso de diversos canais da TV americana como garantia de sucesso, sendo exemplos mais recentes séries como BonesCastle.

Em Casal 20, produzida entre 1979 e 1982, o público acompanhou as aventuras de Jonathan Hart (Robert Wagner), um bem sucedido homem de negócios, e de sua esposa, a jornalista e escritora Jennifer Hart (Stefanie Powers). Vivendo em Los Angeles na companhia do cãozinho Freeway, que recebeu este nome por ter sido encontrado na auto estrada, os dois ainda contam com a presença de Max (Lionel Stander) o mordomo, chofer e faz-tudo na casa. Invariavelmente, eles se envolvem em algum tipo de crime (geralmente assassinatos), os quais passam a investigar de forma amadora e independente do auxílio da polícia.

Apesar de só ter estreado no final da década de 1970, Casal 20 foi criada pelo escritor Sidney Sheldon nos anos de 1960. Com o título Double Twist, o projeto foi desenvolvido pela Screem Gems e oferecido para a rede CBS, que o recusou. Engavetado, o projeto foi resgatado por Leonard Goldberg, ex-diretor da Screen Gems, que tinha formado sociedade com Aaron Spelling para a produção de séries. Visto que Sheldon já estava fazendo sucesso com seus livros, ele não teria tempo para se dedicar à produção de Casal 20. Assim, o roteirista Tom Mankiewicz foi chamado para atualizar o projeto, que foi adquirido pela rede ABC.

A ideia dos executivos da ABC era a de ter Wagner e Natalie Wood, sua esposa na época, estrelando a série. Mas Natalie preferia fazer cinema, o que levou a produção a aceitar a sugestão de Wagner e contratar Stefanie, uma amiga com quem tinha trabalhado em alguns episódios de O Rei dos Ladrões. Os produtores precisaram convencer os executivos da ABC a aceitarem a atriz, que eles não consideravam jovem e bonita suficiente para interpretar Jennifer.

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Dizem que, para interpretar Max, Wagner sugeriu o nome  Sugar Ray Robinson, um ex-boxeador que se tornou ator. Mas os produtores ficaram temerosos em escolher um negro para ser o chofer, mordomo e cozinheiro de um casal branco e rico. Por isso, escolheram Stander, outro amigo de Wagner que na época vivia na Europa, para onde se mudou depois que teve seu nome incluído na lista negra do Comitê de Ações Anti-Americanas. Casal 20 marcou sua volta aos EUA.

A série se tornou um grande sucesso de público ao longo de cinco temporadas e 110 episódios. Após seu cancelamento, ainda foram produzidos oito telefilmes entre 1993 e 1996. No Brasil, a série transformou seus dubladores em celebridades. Jonathan era dublado por André Filho (já falecido) e Jennifer por Juraciara Diácovo (que voltaria a fazer sucesso na década de 1990 ao dublar Dana Scully em Arquivo X). Já a voz de Max na versão em português, exibida pela Rede Globo, era do comediante Orlando Drummond, uma lenda da dublagem.

Toda a série, mais os telefilmes, já foram lançados em DVD nos EUA. No Brasil, a Sony ofereceu apenas as duas primeiras temporadas.

Deste elenco, apenas Stander já é falecido. O ator morreu em 1994, vítima de câncer no pulmão. Seus últimos trabalhos foram, justamente, os telefilmes reunions de Casal 20.

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Robert Wagner – O ator já tinha estrelado três séries de sucesso quando Casal 20 estreou. A primeira foi O Rei dos Ladrões/It Takes a Thief, série inspirada em O Ladrão de Casaca. Na história, ele é um ladrão internacional que, ao ser preso, ao invés de ficar na cadeia, é libertado pelo governo americano que lhe oferece o perdão se em troca trabalhar para ele em missões especiais. A segunda série foi o drama de guerra Colditz, produção britânica que acompanhou a vida de prisioneiros aliados durante a 2ª Guerra Mundial no Castelo de Colditz. A terceira foi Switch, que traz um enredo parecido com o de O Rei dos Ladrões. Na história ele é um golpista que, após sair da prisão, se une ao ex-policial que o prendeu para trabalhar com ele em uma agência de detetives.

Após o cancelamento de Casal 20, Wagner ainda estrelou Culver, Agente de Alto Nível/Lime Street, série que foi cancelada com uma única temporada por não conseguir vencer a concorrência com As Supergatas. A série também sofreu uma baixa no elenco depois que Samantha Smith, uma pré-adolescente que interpretava a filha mais velha de Wagner, morreu em um acidente aéreo.

Wagner seguiu com sua carreira no cinema e na TV, onde foi visto mais recentemente em participações especiais na série NCIS, na qual interpretou o pai de Tony DiNozzo (Michael Weatherly). Aos 86 anos de idade, Wagner continua na ativa. Em breve ele será visto no elenco de quatro filmes: Thirthy Nine, What Happened to Monday?, Prism, e Together.  O ator também faz trabalhos no teatro, tendo atuado com Stefanie em uma montagem de Love Letters, na qual ele ainda atua ao lado de sua atual esposa, a atriz Jill St. John.

Além de ator, Wagner também é escritor, tendo lançado duas autobiografias, em 2008 (sobre sua vida e carreira) e 2014 (sobre a Hollywood dos anos 40 e 50). A terceira será publicada este ano com o título de I Loved Her in the Movies: Memories of Hollywood’s Legendary Actresses, na qual compartilha as lembranças que tem de atrizes como Joan Crawford, Bette Davis, Marilyn Monroe, Gloria Swanson, Norma Shearer, Loretta Young, Joan Blondell, Irene Dunne, Rosalind Russell, Dorothy Lamour, Debra Paget, Jean Peters, Linda Darnell, Betty Hutton, Raquel Welch, Glenn Close, bem como Natalie e Jill.

Wagner em 2014 (Foto: Amanda Edwards/WireImage)

Wagner em 2014 (Foto: Amanda Edwards/WireImage)

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Há cerca de cinco anos, o ator voltou a ser manchete nos jornais quando a polícia reabriu as investigações em torno da morte de sua esposa Natalie.

Na noite do dia 29 de novembro de 1981, Natalie, então com 43 anos, passava o final de semana no iate Splendour, de propriedade dela e de Wagner, então com 51 anos. Na companhia do casal estava o ator Christopher Walken, 38 anos, com quem ela filmava Projeto Brainstorne, bem como o capitão Dennis Darven.

Quando Wagner e Walken começaram a discutir, Natalie se retirou para sua cabine. Mais tarde, quando Wagner também se retirou, percebeu que Natalie não estava na cabine. Uma busca teve início no iate, sendo que mais tarde a patrulha do porto foi chamada. O corpo da atriz foi encontrado na manhã seguinte, próximo a um bote.

As investigações realizadas na época consideraram sua morte um acidente. Mas, ao longo dos anos, a polícia recebeu vários pedidos de reabertura do caso, o que ocorreu no final de 2011.

As novas investigações fizeram com que o status de morte acidental fosse alterado em 2012 para morte indeterminada. Segundo a polícia, em nenhum momento Wagner foi tratado como suspeito, visto que a morte de Natalie nunca foi investigada como crime.

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Os fãs do ator poderão encontrá-lo em sua página oficial.

 

Stefanie Powers – Quando Casal 20 estreou, Stefanie já tinha estrelado duas séries, mas sem sucesso. A primeira foi A Garota da UNCLE, spinoff de O Agente do UNCLE; e a segunda foi Contragolpe/The Feather and Father Gang, na qual interpretava uma advogada que utilizava as habilidades do pai, um golpista, e dos amigos dele, para investigar os casos que defendia nos tribunais. Além destas produções, a atriz também era conhecida pelas diversas participações especiais que fez ao longo dos anos em diferentes séries de TV.

Após Casal 20, Stefanie esteve em diversos telefilmes e algumas minisséries. Ela também teve participação recorrente na novela britânica Doctors, em 2001. Em 2003, ela tentou se lançar como cantora, mas até hoje gravou um único CD, On The Same Page.

A atriz sobreviveu a um câncer no pulmão, diagnosticado em 2008. No ano seguinte ela se submeteu a uma cirurgia para remover parte do pulmão direito. Sua autobiografia foi lançada em 2011.

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Stefanie em 2016 (Foto: John Phillips/Getty)

Stefanie em 2016 (Foto: John Phillips/Getty)

Atualmente com 73 anos de idade, Stefanie se mantém ativa no teatro, onde vem atuando nas últimas três décadas. A montagem mais recente foi Charing Cross Road, que recém encerrou uma temporada em Londres.

A atriz, que é uma ativista da vida selvagem animal, continua com seus trabalhos na William Holden Wildlife Foundation, criada em homenagem ao ator que faleceu em 1981 e com quem Stefanie manteve um relacionamento durante anos. Ela também colabora com o Wildlife Conservancy, no Quênia; Jaguar Conservation Trust, na América Central; e zoológicos de Los Angeles, Cincinnati e Atlanta, entre outras instituições.

Para aqueles que têm interesse em acompanhar os trabalhos de Stefanie, ela mantém um site oficial.

Cliquem nas fotos para ampliar.

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