Para evitar um processo, CBS cancela projeto de série
Na TV, é comum a produção de séries adaptadas, oficialmente ou não, de filmes que fizeram sucesso no cinema ou no mínimo chamaram a atenção da indústria. Muitas vezes os próprios canais pedem aos produtores que adaptem um determinado enredo, de forma que sua proposta possa ser explorada na TV, mas suficientemente modificada para evitar […]
Na TV, é comum a produção de séries adaptadas, oficialmente ou não, de filmes que fizeram sucesso no cinema ou no mínimo chamaram a atenção da indústria.
Muitas vezes os próprios canais pedem aos produtores que adaptem um determinado enredo, de forma que sua proposta possa ser explorada na TV, mas suficientemente modificada para evitar processos na justiça.
No entanto, desta vez, a CBS decidiu cancelar um dos projetos que tinha ganho a encomenda de um episódio piloto para avaliação, por sua semelhança com o filme Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo).
Com o título de Quean, o projeto criado por Ilene Chaiken (The L Word) e Joel Silver (Veronica Mars) não chegou a ter seu episódio piloto produzido, sequer contratara o elenco.
Logo que foi divulgado, o projeto se tornou alvo de um impasse entre dois estúdios: a Warner Brothers TV, que pretendia produzir a série, e a Sony Pictures, uma das produtoras responsáveis pelo filme, co-produzido entre os EUA, Suécia, Reino Unido e Alemanha, com base na obra de Stieg Larsson, Män som hatar kvinnor.
A história do filme gira em torno de um jornalista, uma hacker e a investigação de um crime. Na história do projeto de série Quean, uma hacker auxilia a polícia de Oakland na solução de crimes.
Após ser ameaçada pela Sony de processo, a Warner pediu aos roteiristas que modificassem a trama. Assim, segundo o site Deadline, entre as mudanças que foram providenciadas estava a troca do ambiente de trabalho.
Ao invés da heroína se unir à polícia, ela passaria a auxiliar um escritório de advocacia. Ao invés de ter como chefe um detetive caucasiano, ela passaria a trabalhar para uma advogada negra. E, ao invés de ser uma jovem solitária, ela teria um namorado.
As mudanças não teriam sido suficientes para a Sony, que manteve sua ameaça de processo, pelo fato da heroína ser uma hacker (embora esse tipo de personagem não seja exclusivo do estúdio).
Acredita-se que a insistência da Sony de evitar a produção da série seja porque o filme é o primeiro de uma trilogia, a qual ainda pode vir a ser adaptada pela própria Sony para a televisão. Vale a pena lembrar que a produção americana é remake de uma trilogia sueca, a qual, por sua vez, gerou a minissérie Millenium.