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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Notas de Falecimentos – Setembro de 2011

Charles S. Dubin (1919-2011) O diretor de várias séries produzidas entre as décadas de 1960 e 1980 faleceu no dia 5 de setembro, vítima de causas naturais, aos 92 anos de idade. Um de seus principais trabalhos é a série “M*A*S*H”, produção que introduziu diversas experiências estéticas e narrativas, que são comumente utilizadas atualmente. Charles […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 1 dez 2016, 16h01 - Publicado em 2 out 2011, 16h35

Charles S. Dubin (1919-2011)

O diretor de várias séries produzidas entre as décadas de 1960 e 1980 faleceu no dia 5 de setembro, vítima de causas naturais, aos 92 anos de idade. Um de seus principais trabalhos é a série “M*A*S*H”, produção que introduziu diversas experiências estéticas e narrativas, que são comumente utilizadas atualmente.

Charles Samuel Dubronevski nasceu no dia 1 de fevereiro de 1919, em Nova Iorque, filho de pais russos. Sonhando em se tornar cantor de ópera, ele chegou a atuar como cantor comediante em apresentações na Filadélfia. Depois de atuar na Broadway, Charles mudou-se para Los Angeles onde foi contratado pela rede ABC como assistente de direção e depois como diretor de séries e teleteatros.

Dubin dirigiu episódios de séries como “As Enfermeiras”, “Os Defensores”, “Big Valley”, “Tarzan”, “O Homem de Virgínia”, “Judd”, “Medical Center”, “Cannon”, “Kung Fu”, “Têmpera de Aço”, “Havaí 5-0″, “As Panteras”, “Lou Grant”, “Hotel”, “Na Mira do Tira”, “Longe dos Olhos, Perto do Coração” e “Matlock”, entre outras. Mas foi com “M*A*S*H” que Dubin deixou sua marca, ao dirigir cerca de 44 episódios da série.

A carreira do diretor foi interrompida quando em junho de 1958 quando foi convocado para se apresentar diante do Comitê de Ações Anti-Americanas, que na época investigava os bastidores de Hollywood. O diretor declarou que não era comunista, mas recusou-se a responder perguntas do Comitê. Mesmo assim, Dubin foi dispensado pela rede NBC, com a qual tinha contrato na época. Segundo Dubin, a NBC considerou sua atitude inaceitável. O diretor pediu ajuda ao The New York Civil Liberties Union, que intercedeu a seu favor, mas Dubin não conseguiu seu emprego de volta.

Nos quatro anos seguintes, Dubin teve dificuldades de conseguir emprego, o que o levou a buscar trabalhos como diretor de comerciais. Ele retornou à TV em 1961, com episódios de “Os Defensores” e “O Homem de Virgínia”. Em 1965, foi indicado ao Emmy pela direção do especial musical “Cinderella”, estrelado por Lesley Ann Warren.

Ele voltaria a ser indicado ao prêmio com três episódios de “M*A*S*H”, série na qual ele refletiu sua experiência com o McCartismo. No episódio “Are You Now, Margaret?”, exibido em 1979, a personagem Margaret é acusada de ser comunista e convocada para depor diante de um comitê, no qual ela é questionada sobre a identidade de outros comunistas da Unidade.

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O episódio “Point of View”, que ele dirigiu em 1978, se tornou um clássico ao mostrar a rotina de trabalho da Unidade Mash a partir dos olhos de um soldado ferido na garganta, o que o deixava incapaz de pronunciar uma palavra. Com a câmera reproduzindo a visão do personagem, o episódio ganhou uma estética de docudrama, tão utilizada atualmente. Assim, temos os atores se dirigindo à câmera para conversar com o personagem/público.

Dubin foi casado com Daphne Elliott, entre 1946 e 1975. A união terminou em divórcio. Mais tarde ele se casou com a escritora Mary Lou Chayes, com quem ele ainda vivia no momento de sua morte. Charles teve apenas uma filha, Zan Dubin-Scott.

Donald Taffer e a esposa Eleanor

Don Taffner (1930-2011)

O produtor de séries faleceu aos 80 anos de idade no dia 6 de setembro, vítima de problemas cardíacos.

Donald Taffner, Sr. nasceu no dia 29 de novembro de 1930, em Nova Iorque. Começou trabalhando como entregador de correspondência da William Morris Agency, em 1952. Entre 1955 e 1959, exerceu o cargo de agente. Mais tarde trabalhou no escritório da Paramount em Nova Iorque até que, em 1963, deixou a empresa para formar a DLT Entertainment, uma produtora que iniciou suas atividades oferecendo séries americanas a emissoras internacionais.

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Em 1975 Taffner adquiriu da Thames Television os direitos de adaptação da série inglesa “Man About the House” (1973-1976), que foi produzida nos EUA como o título de “Three’s Company” (no Brasil foi exibida com o título de “Um é Pouco, Dois é Bom e Três é Demais”). Estrelada por John Ritter, Suzanne Somers e Joyce DeWitt, a sitcom se transformou em um grande sucesso, produzida entre 1976 e 1984. Na história, um homem finge ser gay para poder dividir um apartamento com duas mulhers em um condomínio conservador.

A série gerou duas spinoffs: “The Roppers” e “Three’s a Crowd“. Esta segunda era na verdade a continuação da produção original, que na época já tinha sido cancelada. A história acompanha a vida de Jack (John Ritter), agora vivendo (sem ser casado) com a namorada e trabalhando como pai dela em um restaurante. Insatisfeito com a situação da filha, o pai vive se metendo na vida dos dois.

Tentando resgatar o sucesso de “Three’s Company”, Taffner comprou os direitos de adaptação da série inglesa”Keep It in the Family” (1980-1983) e produziu “Too Close for Comfort”, que no Brasil foi exibida com o título de “Longe dos Olhos, Perto do Coração”.

Estrelada por Ted Knight (Mary Tyler Moore) a série foi produzida entre 1980 e 1987, apresentando a relação entre um casal e suas duas filhas, que moram no apartamento do andar de cima.

Depois de algumas tentativas fracassadas, como “Check It Out!”, série estrelada por Don Adams (Agente 86), Taffner co-produziu a belíssima sitcom inglesa “As Time Goes By“, em parceria com a Theatre Company, produtora inglesa. Estrelada por Judi Dench, a série apresenta um casal que se reencontra na meia idade e tenta dar continuidade ao romance que fora interrompido com a 2a. Guerra Mundial. A série teve nove temporadas, produzidas entre 1992 e 2002, retornando com especiais em 2005. “As Time Goes By” foi exibida pela rede BBC, tendo sido apresentada no Brasil pelo Multishow.

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Entre 1960 e 2010, Don foi casado com Eleanor Bolta Taffner, com quem teve três filhos, entre eles, Donald Taffner Jr., produtor da sitcom inglesa “My Family”.  Eleanor faleceu no ano passado.

Frances Bay (1919-2011)

Atriz convidada em diversas séries produzidas entre 1970 e 2011, Frances Bay faleceu no dia 15 de setembro, aos 92 anos de idade, vítima de pneumonia.

Frances Goffman nasceu no dia 23 de janeiro de 1919, em Mannville, Alberta, Canadá, filha de um imigrante judeu ucraniano e irmã do escritor sociólogo Erving Goffman. Trabalhou como atriz no teatro e no rádio até se casar Charles Bay e mudar-se para a África do Sul.

Anos mais tarde, já morando com a família nos EUA, Frances retomou sua carreira, fazendo uma pequena participação no filme “Golpe Sujo”, de 1978. No ano seguinte chegou na TV, com participações em “Casal 20″. Ao longo dos anos, foi vista em episódios de “Os Gatões”, “Agentes da Felicidade/Lottery!”, “Contos de Fadas”, “Jogo Duplo/Remighton Steele”, “Happy Days”, “Caras e Caretas”, “Fama”, “Histórias Maravilhosas”, “Cheers”, “Carro Comando”, “Chumbo Grosso”, “Tempo Quente/Riptide”, “Carga Dupla/Simon and Simon”, “Mike Hammer”, “As Supergatas”, “Newhart”, “Missão Alien”, “Alf, o ETeimoso”, “Contos da Cripta”, “Tiro Certo/Hunter”, “Matlock”, “Contratempos/Quantum Leap”, “Who’s the Boss?”, “Nos Bastidores da Lei”, “Arquivo X”, “The Commish”, “Assassinato por Escrito”, “Seinfeld”, “Plantão Médico”, “As Jovens Bruxas” e “Grey’s Anatomy”, entre outras.

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A atriz também fez alguns trabalhos sob o comando de David Lynch: os filmes “Veludo Azul” e “Coração Selvagem”, além da série “Twin Peaks”. Entre 1998 e 2000, Frances esteve no elenco da sitcom “Hughleys”.

Jeffrey Hodes

Em 2002, Frances sofreu um acidente de carro que resultou na amputação de parte de sua perna direita. O marido da atriz morreu no mesmo ano. O casal teve apenas um filho, Josh, que segundo a imprensa americana, faleceu aos 23 anos de idade. O acidente não impediu a atriz de continuar trabalhando. Sua última série é “The Middle”, na qual interpretava a tia Ginny, em participações recorrentes.

Em 2008, a atriz recebeu sua Estrela na Calçada da Fama no Canadá.

Jeffrey Hodes (-2011)

Roteirista e produtor, faleceu no dia 13 de setembro, enquanto se preparava para receber um transplante de medula óssea, informou o site Deadline. Tendo passado por um tratamento contra um câncer, Jeffrey Hodes, passou mal enquanto recebia uma transfusão de sangue, em preparação ao transplante. Exames revelaram morte cerebral, levando a equipe médica a desligar o suporte de vida.

Em parceria com sua esposa, Nastaran Dibai, Jeffrey atuou como produtor executivo de séries como “3rd Rock From the Sun”, “According to Jim”, “The Nanny”, “Living Single”, “Jesse”, “Hope & Faith” e, mais recentemente, “Happily Divorced”. Seu último trabalho foi o episódio final da primeira temporada desta série.

Nico Minardos (1930-2011)

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Ator convidado em dezenas de séries entre 1950 e 1980, Nico Minardos faleceu no dia 27 de agosto, mas a informação somente foi divulgada no início de setembro. O ator morreu aos 81 anos de idade, de causas naturais.

Nico Minardos nasceu no dia 15 de fevereiro de 1930, em Atenas, Grécia. Contratado pela 20th Century Fox, o ator fez sua estreia como figurante em “O Inventor da Mocidade”, filme de 1952 com Cary Grant e Marilyn Monroe.

O ator chegou na TV em 1956. Ao longo dos anos, foi visto em episódios de séries como “A Caravana”, “O Paladino da Justiça”, “Além da Imaginação”, “Maverick”, “Aventuras no Paraíso”, “Rota 66″, “O Rebelde”, “77 Sunset Strip”, “Cidade Nua”, “Perry Mason”, “A Lei de Burke”, “Ben Casey”, “O Marcado”, “Daktari”, “Big Valley”, “Hondo”, “A Noviça Voadora”, “O Rei dos Ladrões”, “Os Audaciosos”, “Mod Squad”, “O Imortal”, “Missão: Impossível”, “Smiths & Jones”, “O Show de Doris Day”, “Marcus Welby”, “Têmpera de Aço”, “Medical Center”, “Barnaby Jones”, “O Super-Herói Americano”, “Esquadrão Classe A” e “Carga Dupla”, entre outras.

Minardos estava na companhia de Eric Flemming, ator de “Rawhide”, quando este morreu em 1966, durante as filmagens de “High Jungle”, no Peru. Eles estavam filmando uma cena em uma canoa, quando esta virou. Minardos conseguiu chegar à margem do rio Huallaga, mas Flemming foi levado pela correnteza. Seu corpo foi encontrado mais tarde.

A carreira de Minardos chegou ao fim na década de 1980, quando seu nome foi envolvido no caso Irã-Contras. Durante o segundo mandato de Ronald Reagan, agentes da CIA foram acusados de facilitar o tráfico de armas para o Irã. Na época, Minardos foi apontado como um dos associados ao comerciante de armas Adnan Khashoggi. O caso contra Minardos não foi adiante, mas foi o suficiente para levá-lo à falência e prejudicar sua carreira em Hollywood.

Minardos largou tudo e voltou para a Grécia, na companhia de sua esposa e de um de seus filhos. Voltou a fixar residência nos EUA na década de 1990. Minardos sofreu um derrame em 2009, mas não há informações de que tenha ficado com sequelas. Em 2010, o cineasta Owen Prell produziu o documentário “Finding Nico”, no qual traça a trajetória de vida e carreira de Nico Minardos, seu padrinho.

O ator foi casado duas vezes. A primeira com Deborah Ann Montgomery, entre 1952 e 1955, que mais tarde se casaria com Tyrone Power. Em 1966, ele se casou com Julie Minardos, com quem teve dois filhos, George e Nina. Os dois permaneceram casados até a morte do ator.

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