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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Lynda Carter Ainda é a Mulher-Maravilha

Como já divulgado, a série que traria de volta à telinha a heroína dos quadrinhos não foi aprovada pelo canal NBC, ficando restrita ao episódio piloto, estrelado por Adrianne Palicki. Com isso, Lynda Carter, atriz que estrelou a série dos anos de 1970, continua sendo a “Mulher-Maravilha” da TV. A expectativa criada pela imprensa em […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 1 dez 2016, 15h34 - Publicado em 25 Maio 2011, 18h53

Lynda Carter

Como já divulgado, a série que traria de volta à telinha a heroína dos quadrinhos não foi aprovada pelo canal NBC, ficando restrita ao episódio piloto, estrelado por Adrianne Palicki. Com isso, Lynda Carter, atriz que estrelou a série dos anos de 1970, continua sendo a “Mulher-Maravilha” da TV.

A expectativa criada pela imprensa em torno do remake fez parecer que a produção da série era algo certo. Mas, logo de início o projeto assinado por David E. Kelley já despertava reações negativas dos fãs que, tendo acesso às informações sobre o roteiro, não aprovaram várias propostas do projeto.

Entre as mudanças, o novo uniforme, que foi apontado pela imprensa americana como um dos principais fatores que teriam levado o projeto a ser rejeitado.

Mas o que de fato deu errado?  Com certeza não foi o tema. A ideia de ter uma heroína na TV vai ao encontro do perfil das novas séries americanas, a maioria delas centrada no universo feminino. Muitos acreditam que o fracasso de séries como “The Cape” e “No Ordinary Family”, bem como a queda de audiência de “Heroes”, teria feito com que as produções estreladas por super-heróis perdessem lugar nas grandes redes. Para esses, o único canal que poderia exibi-los atualmente seria o CW, voltado para o público jovem, que apresentou ao longo de uma década a série “Smallville”.

Outros acreditam que o problema da nova série seria o fato dela ser situada em um ambiente diferente daquele para o qual a heroína foi concebida. No entanto, essa abordagem já tinha sido feita anteriormente, tanto nos quadrinhos quanto na TV, e aceita pelo público.

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Quando a série da década de 1970 foi produzida, ela retratou a história dos quadrinhos em sua primeira temporada, situando a heroína durante o período da 2ª Guerra Mundial. A audiência foi boa mas, mesmo assim, a rede ABC decidiu cancelar a produção. Resgatada pela CBS, a série ganhou uma nova roupagem, levando a heroína aos tempos atuais.

Adrianne Palicki como Diana Themyscira

Influenciada pela série “As Panteras”, a produção da Mulher-Maravilha transformou Diana Prince em uma espécie de panterinha, ou anjo de Charlie, vestindo-a como uma modelo de capa de revista, capaz de realizar diversas tarefas como agente secreto. Assim, sua transformação em heroína era praticamente desnecessária. Nesse formato, a série durou mais duas temporadas.

Curiosamente, o remake de “A Mulher-Maravilha” surgiu no mesmo ano em que outro canal (neste caso a ABC) anunciou a nova versão de “As Panteras”, que teve sua produção aprovada.

Deixando o visual de lado e a ideia de colocá-la ou não em um ambiente contemporâneo, o que parece ter saído errado foi o roteiro. É público e notório que Kelley não consegue desenvolver bem suas personagens femininas. Que me desculpem os fãs de “Ally McBeal”, mas o forte de Kelley são os personagens masculinos. “Harry’s Law”, que está em produção, é estrelada por um personagem que foi concebido para ser um homem, sendo transformado em mulher quando a produção contratou Kathy Bates. No entanto, a concepção de sua personalidade permaneceu inalterada.

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Me parece que as personagens mulheres de Kelley são normalmente concebidas como homens. Quando concebidas como mulheres, elas são fracas e inseguras, tornando-se incapazes de se definir dentro de seu próprio universo.

Quem teve acesso ao roteiro do episódio piloto de “A Mulher-Maravilha”, versão 2011,  não se entusiasmou. Segundo divulgado, a proposta e seu desenvolvimento seriam fracos.

Uma das versões do novo uniforme da Mulher-Maravilha, com Adrianne Palicki

Na história, a heroína se divide em três personagens: Diana Prince, Diana Themyscira e a Mulher-Maravilha. O mundo sabe que Diana Themyscira, uma empresária bem sucedida, é a Mulher-Maravilha.

Sua corporação explora a imagem da heroína vendendo bonecos e produtos diversos. O lucro da venda é utilizado na produção de veículos e outros artefatos para que ela, como heroína, possa combater o crime.

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Para ajudá-la, ela conta com o apoio de um grupo formado por jovens nerds conhecido como “The Animals”, que trabalha na área de novas tecnologias.

Mas nem todos estão a favor da Mulher-Maravilha, visto que Diana Themyscira é obrigada a comparecer no Senado para defender a constitucionalidade de seus atos como heroína (esse tipo de discurso não faltaria em um roteiro de David E. Kelley, famoso por suas séries de tribunais).

Já Diana Prince é uma jovem comum, conservadora, solitária, que vive em um apartamento de um quarto. Utilizando lentes de contatos que escondem a verdadeira cor de seus olhos, Diana Prince prende seus cabelos em coque e usa óculos. Assim, ninguém a identifica como sendo Diana Themyscira/Mulher-Maravilha.

Vivendo fora da Ilha Paraíso, Diana passa pelo processo normal de envelhecimento. Por isso, como Diana Prince, a personagem busca uma vida normal, algo que ela se arrepende de ter dispensando quando, há quatro anos atrás ela, como Diana Themyscira, terminou seu relacionamento com Steve Trevor, o amor de sua vida, porque uma heroína não tem tempo para romances.

Enquanto isso, Veronica Cale, executiva da Big Pharma, empresa farmacêutica, tem uma ambição na vida: criar super soldados que irão destruir a Mulher-Maravilha e conquistar o mundo…para ela.

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Lynda Carter, a Mulher-Maravilha

Essa era a proposta da nova série, rejeitada pela NBC. Testes de audiência levaram o canal a acreditar que a produção não seria bem aceita pelo grande público. Um risco que o canal não poderia correr.

Há anos a NBC vem registrando baixa audiência em sua programação. A queda é significativa e preocupante para uma emissora que ainda não descobriu uma forma de sair do quarto lugar da audiência americana.

Assim, o público continua com Lynda Carter como referência televisiva da Mulher-Maravilha. Não que a produção da década de 1970 represente o que há de melhor em matéria de séries de super-heróis, mas o público infanto-juvenil da época se divertia com as aventuras da heroína.

Exibindo ótima forma física para quem está chegando aos 60 anos de idade, Lynda Carter foi vista recentemente ao ser entrevistada no programa “The Wendy Williams Show”‘, no qual comentou sobre a série que estrelou na década de 1970.

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Na época, existiam poucas oportunidades para uma atriz estrelar uma série de TV, Assim, quando iniciaram as inscrições para os testes de uma produção estrelada por uma super-heroína famosa nos quadrinhos, ‘choveram’ candidatas. Entre elas, Farrah Fawcett, Cheryl Ladd, Jaclyn Smith, que ficariam conhecidas como “As Panteras”; e Lindsay Wagner, que se tornaria “A Mulher Biônica”. Segundo Lynda, as quatro sempre disputavam papéis com ela, por terem o mesmo perfil.

Lynda lamenta que a nova série não tenha sido aprovada. Em sua opinião, a heroína merecia uma chance para conquistar uma nova geração de fãs.

Fernanda Furquim: @Fer_Furquim

Atualmente investindo em sua carreira de cantora, Lynda compareceu ao programa para divulgar seu novo CD, “Crazy Little Thing”. Confiram a entrevista no primeiro video. No segundo, Lynda interpreta a música “Crazy Little Thing Called Love”:

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