Anos 90: Sleepwalkers, Invadindo o Mundo dos Sonhos
Em meio às conspirações governamentais, invasões alienígenas e investigações do sobrenatural, a década de 1990 também ofereceu séries nas quais os personagens eram capazes de invadir o mundo dos sonhos, viajar para outras dimensões ou penetrar na realidade virtual. Temas cultuados até hoje. Mas, na época, a grande quantidade de séries que giravam em torno […]
Em meio às conspirações governamentais, invasões alienígenas e investigações do sobrenatural, a década de 1990 também ofereceu séries nas quais os personagens eram capazes de invadir o mundo dos sonhos, viajar para outras dimensões ou penetrar na realidade virtual. Temas cultuados até hoje.
Mas, na época, a grande quantidade de séries que giravam em torno desses temas fez com que muitas fossem canceladas antes de conseguirem desenvolver sua proposta. “Sleepwalkers” foi uma delas, cancelada pela rede NBC com apenas dois episódios exibidos de nove produzidos. No Brasil, chegou pelo canal Sony.
A série foi criada por Stephen Kronish, conhecido na época por ser produtor de “Profissão: Perigo/MacGyver”, “O Homem da Máfia” e “The Commish”. Mais tarde, produziria “Profiler” e “24 Horas”.
A história acompanhava um grupo de cientistas pesquisadores que trabalha no Morpheus Institute. Tendo desenvolvido uma forma de penetrar nos sonhos de pacientes, o objetivo do grupo era diagnosticar seus problemas psicológicos e ajudá-los a se livrarem de constantes pesadelos.
O chefe da equipe era o Dr. Nathan Bradford (Bruce Greenwood), um dos fundadores do Instituto. Decidido a descobrir uma forma de tirar sua esposa Gail (Kathrin Nicholson) do estado do coma, Nathan dedicou-se às pesquisas relacionadas aos sonhos, o que o levou a ser criticado pela comunidade científica.
Quando foi dispensado pela Universidade de Stanford, Nathan ganhou uma importante aliada em suas pesquisas. Acreditando em seu trabalho, a Dra. Kate Russell (Naomi Watts) o acompanhou. Especializada em interpretar sonhos, Kate se tornou o braço direito de Nathan.
Embora suas pesquisas ainda não tenham conseguido fazer com que Gail acorde. Nathan é capaz de entrar em seus sonhos e passar horas em sua companhia. Sua esposa acaba se tornando uma de suas principais conselheiras.
A equipe também era formada por Ben (Jeffrey D. Sams), um ex-piloto da Força Aérea que buscou ajuda no Instituto para se livrar de um pesadelo recorrente. E Vince (Abraham Berubi), o gênio dos computadores, nerd declarado, que controlava a parte tecnológica das pesquisas.
Mas é claro que nem tudo ‘eram flores’. Nathan tinha um inimigo, McCraig (Ray Wise), seu ex-colega que, aparentemente, morreu no acidente de carro que deixou Gail em coma. Culpando o amigo por sua morte, McCraig persegue Nathan em seus sonhos.
Uma dúvida permanece. Seria de fato o velho amigo de Nathan que o persegue ou o homem misterioso (Harry Groener) que surgiu nos pesadelos de um menino atendido pela equipe? Desde que ele foi descoberto nos sonhos do garoto, o homem passou a perturbar o sono de Nathan, algumas vezes assumindo a forma de McCraig.
As imagens dos sonhos eram muito parecidas com a que vimos no piloto de “Fringe”, no qual Olivia tentou acessar o subconsciente do namorado John. Com tantos remakes e reaproveitamentos de temas, os produtores das séries atuais bem poderiam olhar para essas produções antigas que trazem um forte potencial temático, mas que não teve tempo de ser desenvolvido.