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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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‘The Masked Singer’ supera audiência das Olimpíadas com breguice retrô

Com velha fórmula da TV aberta, programa da Globo embala artistas em fantasias de buffet infantil para que suas identidades sejam descobertas pelo público

Por Amanda Capuano Atualizado em 11 ago 2021, 16h18 - Publicado em 11 ago 2021, 15h46

O ano era 2000, e Gugu Liberato superava o seu arqui-inimigo televisivo Faustão no Ibope com um episódio deveras peculiar: o apresentador revelaria a verdadeira face de Mister M, o mágico mascarado que atiçou a curiosidade do público da TV aberta na época. A tática não era lá tão inovadora, mas bastante eficaz. Lá nos anos 80, Chacrinha já arrebanhava espectadores com o quadro Cantor Mascarado — que teve ninguém menos que Roberto Carlos na estreia. Corta para 2021. A Globo exibiu nesta terça-feira, 10, o primeiro capítulo de The Masked Singer Brasil, no qual personalidades fantasiadas da cabeça aos pés cantam, enquanto um grupo de jurados, também formado por celebridades, tenta acertar quem é a persona dentro do figurino digno de buffet de festa infantil.

Apesar da breguice e da eterna reciclagem de um formato que pode até ser enquadrado como “retrô”, o programa repetiu por aqui o sucesso que faz em suas versões lá fora: em São Paulo, a atração marcou 21 pontos de média, crescendo 3 pontos (+17%) em comparação à média da mesma faixa nas quatro semanas anteriores, quando a emissora exibia as Olimpíadas de Tóquio. No Rio, o número ficou em 26 pontos, quatro a mais do que nas semanas anteriores. Com isso, The Masked Singer ficou à frente de programas como Masterchef, da Band, do reality Ilha Record e até do clássico paulista São Paulo x Palmeiras pela Libertadores da América, exibido pelo SBT.

Mas por que um cantor se submeteria a isso? São muitas as possíveis respostas, mas a melhor já foi dita logo na estreia por um… cachorro-quente. Interpretando em rede nacional o pagode Sai da Minha Aba, sucesso do grupo Só Pra Contrariar, Sidney Magal foi logo descoberto como a voz por trás da salsicha. Antes “crush da mulherada”, como a apresentadora Ivete Sangalo lembrou — ao que Magal corrigiu: “eu era o tesão da mulherada” —, o cantor se despiu de qualquer charme viril ao participar do programa por causa, segundo ele, de sua neta de 1 ano e 5 meses. Ao falar sobre ela, Magal se emocionou e acabou derramando lágrimas portentosas enquanto segurava sua sainha de batata frita.

Versão brasileira do programa King of Mask Singer, que estreou na Coreia do Sul em 2015 e já tem várias adaptações pelo mundo, Masked Singer Brasil entretém de uma forma estranhamente magnética. E se os jovens da Geração Z não tiveram a chance de ver Gugu, muito menos Chacrinha, em ação, agora eles ganham uma versão repaginada das bobagens da TV aberta com um ponto extra: enquanto o programa é exibido, eles correm para o Twitter, criando uma comunidade de espectadores tentando descobrir quem é o unicórnio que mandou vários falsetes cantando Shallow, ou o coqueiro super-simpático que encantou dançando Atrasadinha, de Felipe Araújo.

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