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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Em nova série, boneco Chucky mata para defender amigo gay de bullying

A produção, que terá episódios semanais no Star+, apresenta o famigerado brinquedo assassino para a geração Z, com um curioso tom de militância LGBT

Por Marcelo Canquerino 27 out 2021, 14h10

Dentro dos filmes de terror, não é incomum encontrar tramas nas quais, no final, apenas a menina certinha sobrevive. Dentro do gênero, essa heroína é chamada de final girl. O que não acontece com tanta frequência são os final boys — e, se esses protagonistas forem gays, o fenômeno se torna ainda mais raro. Inconformado com essa falta, Don Mancini, criador da franquia Brinquedo Assassino, decidiu dar continuidade à história de seu boneco diabólico (e desbocado) em uma nova série. Chucky, que chega ao Brasil nesta quarta-feira pelo Star+, se propõe a ser um coming of age (gênero que aborda o rito de passagem rumo ao amadurecimento) em versão LGBT. A nova trilha de sangue feita por Chucky (Brad Dourif) é embalada por sua “amizade” com Jake (Zackary Arthur), um adolescente que sonha ser artista plástico, sofre bullying e tem problemas com o pai por ser gay. 

Engana-se quem pensa que a série decidiu abordar temas relacionados a gênero e sexualidade só agora para surfar na onda. Já na década passada, em O Filho de Chucky, de 2004, Glen (ou Glenda) havia falado para seus pais, Chucky e Tiffany (Jennifer Tilly): “Às vezes quero ser um menino, e às vezes quero ser menina. Ei, eu posso ser os dois” — isso quando as discussões sobre não-binários estavam engatinhando. O brinquedo consola Jake ao descobrir que o garoto tem uma paixonite pelo colega de escola e diz que não tem problemas com isso – afinal, seu próprio filho é de gênero fluido. Ser um serial killer, tudo bem, mas preconceituoso? Jamais. 

Cena da série 'Chucky', disponível no Star+.
Cena da série ‘Chucky’, disponível no Star+. (Steve Wilkie/Syfy/Divulgação)

Em entrevista ao The New York Times, Don Mancini – ele próprio gay – contou que ama Chucky, mas que, para mantê-lo vivo, a história precisaria ir além do filão do boneco assassino. A nova série transporta o terror para os corredores do ensino médio da (não) tão pacata cidade de Hackensack, nos Estados Unidos. Quase como em It – A Coisa, de Stephen King, a região é tomada por pessoas horríveis que tornam a vida de Jake um inferno — entre elas, seu primo e a namorada com ares de Regina George, a megerinha vivida por Rachel McAdams em Meninas Malvadas (2004). Em determinados momentos, o público pode se pegar comemorando algumas vítimas de Chucky – que aos poucos, começa a influenciar de maneira torta a vida do protagonista. 

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Depois de 4 anos com a franquia de Brinquedo Assassino parada, o pai do boneco decidiu investir em uma produção com mais contexto e que vai além da busca do assassino por transferir sua alma para um corpo humano. Sem perder o humor ácido e as mortes criativas que fizeram de Chucky um grande vilão de filmes de terror, a nova série, que terá episódios semanais as quartas-feiras, traz de volta os fãs das antigas ao mesmo tempo em que apresenta uma trama moderna aos moldes da Geração Z. 

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