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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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De U2 a Walter Salles, as conexões pop do assustador Hotel Cecil

Cenário de crimes e mistérios, hotel é tema de documentário da Netflix, mas também já foi explorado por tramas do passado

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 fev 2021, 15h11

Em um fim de semana sem Carnaval, muitos brasileiros se voltaram para o catálogo da Netflix em busca de entretenimento. Inesperadamente, um dos títulos mais assistidos neste período no país foi a série documental policial Cena do Crime – Mistério e Morte no Hotel Cecil. Em quatro episódios, o título destrincha o passado de crimes e assombros no misterioso Hotel Cecil no centro de Los Angeles, enquanto segue a investigação do desaparecimento de Elisa Lam, uma estudante canadense de 21 anos que sumiu no prédio de 700 quartos em 2013.

Mais que uma investigação policial, a série se propõe a entender desde o em torno do hotel, onde vive uma enorme quantidade de moradores de rua, além da obsessão virtual que o caso criou, reforçando o fenômeno dos “detetives da web” – em que desconhecidos dedicaram horas de suas vidas para tentar desvendar o desaparecimento da garota.

Retrato de Elisa Lam (esq) e últimas imagens da estudante no elevador do Hotel Cecil -
Retrato de Elisa Lam (esq) e últimas imagens da estudante no elevador do Hotel Cecil – (//Reprodução)

Em determinado ponto do documentário, um destes detetives virtuais percebe no caso similaridades com o filme Água Negra (2005), adaptação americana de um filme japonês, dirigido pelo brasileiro Walter Salles. Na trama, mãe (vivida por Jennifer Connelly) e filha se mudam para o prédio assombrado. A garota, chamada Ceci, usa um casaco vermelho como Elisa Lam usava no dia de seu desaparecimento, e é atraída até o teto do prédio, onde outras bizarras similaridades com o caso da vida real acontecem.

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Enquanto o filme parece ser uma mera coincidência – ou não, leia spoilers no fim do texto –, outras produções do cinema e da música se inspiraram diretamente no Hotel Cecil, ou usaram seu prédio como cenário. Caso do videoclipe da banda U2 Where the Streets Have No Name, filmado ao lado do hotel, em 1987.

Na época o prédio, inaugurado em 1927, já carregava consigo a fama de “mais mortal de Los Angeles”, por seu histórico de suicídios, crimes e de hospedar serial killers. Tanto que o Cecil passou a inspirar produções do cinema e da TV, caso de Barton Fink – Delírios de Hollywood (1991), dos irmãos Joel e Ethan Coen, sobre um dramaturgo que se muda para Los Angeles e se hospeda em um hotel decadente, onde faz amizade com um assassino em série. Recentemente, o seriado de terror American Horror Story, então protagonizada por Lady Gaga, também usou o Cecil como inspiração para criar a trama sobre o aterrorizante e assombrado Hotel Cortez, cenário da quinta temporada (2015-2016).

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Já na linha documental, a Netflix ainda produziu outra série envolvendo o Hotel Cecil. Trata-se de Night Stalker: Tortura e Terror, sobre o serial killer Richard Ramirez, que morou no local. Fechado em 2017, o hotel, pelo menos para Hollywood, está longe de sair dos holofotes.

Aviso: Abaixo, spoilers sobre a série

Cena do filme 'Água Negra', dirigido por Walter Salles
Cena do filme ‘Água Negra’, dirigido por Walter Salles (//Divulgação)

O desfecho já conhecido por quem acompanhou o caso na vida real aponta que Elisa Lam, encontrada morta dentro da caixa d’água na cobertura do hotel, dezenove dias após seu desaparecimento, teria se afogado de forma acidental. Diagnosticada com uma grave bipolaridade, a jovem interrompeu o uso dos remédios, o que pode ter levado a um surto psicótico. Sobre as comparações com o filme Água Negra, há quem diga que a jovem teria tentado emular o final do longa, no qual a criança é atraída até a caixa d’água, onde também morre.

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