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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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6 séries populares da Netflix que são, na verdade, uma bomba

Do novelão 'La Casa de Papel' à rasa 'Sense8', produções da Netflix mostram que nem tudo o que cai nas graças do público vale o seu tempo diante da TV

Por Amanda Capuano, Ana Carolina Avólio Atualizado em 7 nov 2019, 15h43 - Publicado em 7 nov 2019, 15h30

O vasto catálogo de títulos disponíveis na Netflix provocou o grande dilema da era digital: a que assistir no fim de semana? Nesta seara, o boca a boca entre amigos e os burburinhos nas redes sociais são um empurrão poderoso na hora de eleger a próxima série favorita. Mas nem sempre o que todo mundo vê é tão bom quanto todo mundo diz. Confira seis séries originais da plataforma que são febre nas redes sociais, mas provocaram mais comoção do que mereciam:

 

La Casa de Papel

Sim, leitor, você provavelmente foi acometido pela febre da série espanhola. A gente entende. Fenômeno de audiência (e culpada pela moda das máscaras de Salvador Dalí mundo afora), La Casa de Papel acompanha um grupo de assaltantes que decide roubar a Casa da Moeda da Espanha, e, depois, o Banco da Espanha. Embora o enredo pareça interessante — considerando que os criminosos tentam, a todo custo, manipular a opinião pública a seu favor — é nele que residem as maiores inconsistências da série. As reviravoltas mirabolantes e inexplicáveis deixam o espectador afogado em um mar de interrogações, com lances de surrealismo macarrônico capazes de assustar até mesmo o homenageado Dalí. Além disso, a construção superficial dos personagens torna a produção ainda mais vergonhosa — um verdadeiro novelão mexicano que, claro, prende por um tempo, mas passa longe der ser um entretenimento de qualidade. 


Sense8 

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Sense8 observa um grupo de oito pessoas espalhadas pelo mundo e conectadas telepaticamente por algum tipo de evolução genética da espécie. Como diz o ditado popular, cachorro com dois donos morre de fome — imagine oito. A confusão de personagens faz com que nenhum deles ganhe profundidade. Não bastasse o trato superficial, o excesso de bandeiras panfletárias mal desenvolvidas empunhadas pelo clã cansa até o mais ativista dos espectadores. Na falta de um enredo de verdade, corpos sarados (e suados) entretém o público com cenas recorrentes de sexo grupal em cenários paradisíacos — uma verdadeira orgia telepática pincelada de ficção científica barata.


Marianne

A recente série francesa de terror da plataforma virou assunto nas redes sociais. Emma é a escritora de uma famosa saga literária de terror que passa a ser assombrada por Marianne, bruxa amiga de Satã e personagem de suas histórias. O clima inicial do primeiro episódio é interessante, mas poucos minutos depois revela-se um apanhado de velhos clichês do gênero, da luta entre criador e criatura à já manjada técnica do jump scare — em que um ser demoníaco surge do nada com uma música exagerada, elemento surpresa que não assusta mais nem a vovozinha. Afinal, por que criar tensão com enredos bem trabalhados quando se pode, simplesmente, pegar a audiência “no pulo”? Para completar a falta de originalidade, a série ainda explora a batida figura da bruxa má como um espírito feioso que precisa passar de corpo em corpo para sobreviver.


Elite

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A série espanhola mergulha no cotidiano e na intimidade dos alunos de uma escola de prestígio, palco de um crime a ser elucidado na segunda temporada. Elite realiza uma proeza: reúne os mais surrados elementos do expediente teen, como jovens ricos e bonitos lidando com dramas bocós nos corredores da escola, e alia tais clichês a um roteiro exageradamente sensacionalista, em que festas regadas a álcool resultam em triângulos amorosos e constantes cenas de sexo. A trama rasa, permeada por diálogos vazios, resulta numa assustadora futilidade dos personagens. Mesmo aqueles que deveriam ser “complicados” ou “problemáticos”, como a protagonista Marina (María Pedraza, a Alison Parker de La Casa de Papel), são nada mais que irritantes. 


Santa Clarita Diet 

Em algum lugar nos bastidores da Netflix, alguém achou que seria uma boa ideia criar uma série na qual Drew Barrymore fosse transformada em uma estranha espécie de mãe de família zumbi. Em Santa Clarita Diet, sua personagem, a matriarca Sheila Hammond, inclui carne humana à dieta após ressuscitar de uma morte prematura, sem nenhuma explicação. Não é preciso dizer muito para ficar claro que a proposta não vingou. A mistura entre o bizarro, representado pela mãe-zumbi, e o ordinário do cotidiano familiar torna a produção um nonsense absoluto e exagerado, que ofusca o resto da trama e possíveis questionamentos sobre a vida e os laços familiares.


Orange is the New Black

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Um dos primeiros fenômenos originais Netflix, a série tinha tudo para dar certo, mas prometeu mais que entregou. Ao narrar a história de Piper Chapman (Taylor Schilling), uma mulher de classe média que acaba presa, o programa inspirado em uma história real foi bem recebido no início, mas perdeu tração ao longo das temporadas, com muitos altos e baixos. Depois da comoção inicial, a produção revelou ter mais confete lacrador que conteúdo. Em outras palavras: rodou, rodou… e não saiu do lugar. Chegou ao fim este ano, em sua sétima temporada cheia de encheção de linguiça – e já foi tarde.

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