Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Sobre Palavras Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Sérgio Rodrigues
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.
Continua após publicidade

Do ‘liber’ ao livro – e além

A propósito da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa amanhã, vale lembrar a instrutiva história da palavra “livro”, que pode ser lida como um livro. Em suas muitas páginas, sucessivas camadas de sentido compõem uma narrativa épica que começa na antiguidade, antes da invenção do papiro, e aponta para um futuro imaterial que […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 11h26 - Publicado em 5 jul 2011, 13h00

A propósito da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa amanhã, vale lembrar a instrutiva história da palavra “livro”, que pode ser lida como um livro. Em suas muitas páginas, sucessivas camadas de sentido compõem uma narrativa épica que começa na antiguidade, antes da invenção do papiro, e aponta para um futuro imaterial que está só começando.

É curioso o modo como algumas velhas tecnologias, depois de superadas, deixam suas marcas na linguagem. Faz tempo que os telefones já não têm discos e sim teclados, mas continuamos a discar números. De modo semelhante, o termo latino liber, que em sua origem queria dizer “membrana vegetal encontrada sob a casca das árvores”, ainda se faz presente na era do livro eletrônico.

A ampliação de sentido teve início no próprio latim. Quando o liber, suporte primitivo de textos escritos, deu lugar ao papiro, invento egípcio que foi o precursor do papel, a palavra se conservou com o sentido de livro – ou melhor, os dois sentidos principais de livro, tanto objeto físico quanto obra literária.

Apresentado sob a forma de rolo e mais tarde de códice – formato encadernado que prenunciava o do livro como o conhecemos – o papiro como suporte de livros foi superado na Idade Média pelo custoso mas duradouro pergaminho e depois pelo papel vindo da China, que chegou à escala industrial com Gutenberg, que por sua vez demorou, mas acabou encontrando no mundo digital sua superação dialética. E por tudo isso passou o velho liber, “membrana vegetal encontrada sob a casca das árvores”, sob a casca da palavra.

Continua após a publicidade

*

Convido os leitores de Sobre Palavras a me acompanhar nos próximos dias no Todoprosa, aqui ao lado, onde estarei fazendo a cobertura da Flip. Esta coluna voltará a ser atualizada na próxima terça-feira, dia 12.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.