Cometa, a ‘estrela cabeluda’
O histórico pouso de um módulo espacial no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, quarta-feira, foi tão importante que fez do substantivo “cometa”, mais do que simplesmente a Palavra da Semana, uma possível Palavra do Ano. Existente em português desde 1344, segundo a datação do Houaiss, a palavra é herdeira, por meio do latim cometa, do grego kométes – […]
O histórico pouso de um módulo espacial no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, quarta-feira, foi tão importante que fez do substantivo “cometa”, mais do que simplesmente a Palavra da Semana, uma possível Palavra do Ano.
Existente em português desde 1344, segundo a datação do Houaiss, a palavra é herdeira, por meio do latim cometa, do grego kométes – e é aqui, na origem, que está seu aspecto mais curioso.
Literalmente, o grego kométes queria dizer “cabeludo”. Cabeludo? Sim, o adjetivo entrou nessa história numa referência metafórica à cauda luminosa que o cometa arrasta, o que o tornaria semelhante a uma “estrela cabeluda” (aster kométes).
Com o tempo, como não é incomum acontecer, o adjetivo acabou dispensando o substantivo para fazer carreira solo.