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Por Sérgio Rodrigues
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.
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Ah, não! Chegou a hora do anão

Às vezes a Palavra da Semana se impõe com veemência. Esses sombrios dias que viram a nomeação de Dunga para o comando técnico da seleção brasileira e a violenta nota oficial israelense que chama o Brasil de “anão diplomático” não poderiam ser sintetizados por outro vocábulo. Anão, um termo do século XIV, é oriundo do […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 03h25 - Publicado em 25 jul 2014, 17h00

Dunga DisneyÀs vezes a Palavra da Semana se impõe com veemência. Esses sombrios dias que viram a nomeação de Dunga para o comando técnico da seleção brasileira e a violenta nota oficial israelense que chama o Brasil de “anão diplomático” não poderiam ser sintetizados por outro vocábulo.

Anão, um termo do século XIV, é oriundo do latim nanus, este por sua vez um empréstimo do grego nánnos, de idêntico significado. Da mesma fonte saíram o francês nain, o italiano nano e o espanhol enano.

No espanhol antigo, o vocábulo também era nano. Ganhou um e inicial por provável influência do arcaico enatío, “feio, disforme”, segundo o filólogo Joan Corominas.

No caso do português, que até o século XV registrava a forma alternativa naão, o acréscimo do a nada teve de pejorativo. Nasceu, informa o Houaiss, com papel “protético”, ou seja, prepositivo.

A pureza da fonte latina é preservada no antepositivo “nano”, que pode ter tanto o sentido impreciso de “muito pequeno”, como na palavra nanocefalia, quanto o preciso de “um bilionésimo” (levando-se em conta a acepção brasileira de bilhão, não a internacional), como em nanossegundo.

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