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Por Sérgio Praça
A partir do que há de mais novo na Ciência Política, este blog do professor e pesquisador da FGV-RJ analisa as principais notícias da política brasileira. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Reforma da Previdência e um Centrão quase programático

Nem só de fisiologismo vivem os partidos políticos brasileiros

Por Sérgio Praça 27 mar 2019, 17h31

Paulo Guedes ameaça sair do Ministério da Economia caso a reforma da Previdência não seja aprovada. A desarticulação política do governo Bolsonaro atrapalha as chances da mudança no sistema, mas a reforma ainda não subiu definitivamente no telhado – ao contrário do que eu pensei no calor das unhadas entre os Bolsonaros e Rodrigo Maia.

Há duas coisas inéditas na tramitação da proposta de reforma em 2019. Em primeiro lugar, nunca a sociedade esteve tão ciente do desastre que ocorrerá, a médio prazo, caso o sistema previdenciário continue como está. Não adianta ter direito a aposentadorias de R$ 30 mil, senhores procuradores e juízes, se há zero em caixa para implementar políticas públicas de educação, saúde, turismo, infraestrutura, meio ambiente etc. E boa parte dos cidadãos já percebeu isso. O ataque corporativista à reforma é coisa dos anos noventa.

Além disso, 14 partidos com bancadas de tamanho pequeno ou médio (até 50 deputados), costumeiramente chamados de “Centrão” como se fossem um bloco homogêneo, comunicaram (em nota oficial!) que irão retirar da proposta do governo as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural.

De acordo com o cientista político Jairo Nicolau (FGV CPDOC), o valor perdido com isso – cerca de R$ 30 bilhões em dez anos, no caso do BPC – é pequeno em relação ao ganho de ter o apoio de tantos partidos para a proposta.

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Em outras palavras: o Centrão está fazendo exigências não só fisiológicas (cargos, ministérios, emendas orçamentárias), mas também programáticas, substantivas.

Nada mal. E talvez seja o melhor a esperar de nosso Legislativo.

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