Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Política com Ciência Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Sérgio Praça
A partir do que há de mais novo na Ciência Política, este blog do professor e pesquisador da FGV-RJ analisa as principais notícias da política brasileira. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Intervir com o Exército ou legalizar as drogas?

O governo brasileiro insiste em ignorar que a melhor política pública para diminuir a violência é legalizar o comércio de drogas

Por Sérgio Praça Atualizado em 16 fev 2018, 15h00 - Publicado em 16 fev 2018, 14h40

Moro em São Paulo e trabalho, boa parte do tempo, no Rio de Janeiro. Fico em Botafogo. Após dar aula, ler e escrever, saio para jantar e chego ao apartamento por volta de 22h, 23h. É uma rua de barzinhos. Há até uma “drinkeria”, o que quer que isso seja. Poucas foram as vezes que não encontrei alguém fumando maconha na calçada.

Não vejo problema nessa atividade em si. Maconha é muito menos lesiva do que álcool, cocaína, crack… Não há comparação. Mas a comercialização de maconha (e outras drogas) é ilegal. Os ricos da zona sul carioca que fumam estão cometendo crimes e, assim, estimulando o tráfico e a violência. As histórias de balas perdidas, assaltos, tiroteios entre traficantes, violência policial e corrupção lhes afetam indiretamente. O prazer de fumar compensa a culpa pelas mortes causadas.

Felizmente, há uma solução capitaneada por três economistas com Premio Nobel, entre tantas outras pessoas: legalizar o comércio de drogas. O economista Marcos Fernandes (FGV-SP) analisa, em um texto na Folha de S. Paulo e outro no JOTA, por que essa seria uma boa opção para o Brasil. (Renata Kotscho Velloso também tem ótima contribuição nesse sentido.) Nosso atual ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra (MDB), discorda. O ministro enxerga a questão das drogas como unidimensional, para usar um termo técnico. Combater as drogas e a violência a elas associada seria tarefa para políticas de punição e repressão. Prevenir e tratar dependência química como problema social, multidimensional? Coisa de ideólogos.

Mesmo que a intervenção militar na segurança do Rio de Janeiro seja espetacularmente bem-sucedida, terá sido eficaz como Novalgina para febre. Já se conhece a política pública que funcionaria melhor para diminuir a violência e a dependência de usuários de drogas. Há uma solução à vista para a causa do problema, não só os sintomas.

Continua após a publicidade

Falta convencer a maioria dos políticos.

(Meu livro “Guerra à Corrupção: Lições da Lava Jato” está disponível aqui)

(Entre em contato pelo meu site pessoalFacebookTwitter e email)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.