FHC se presta a um papel ridículo
Se Luciano Huck é tão tucano, por que FHC não tenta filiá-lo ao PSDB?
Ao elogiar a pretensa candidatura de Luciano Huck à presidência, dizendo que seu estilo é peessedebista e que é “um bom cara”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) presta-se a um papel ridículo. A deputada federal Cristiane Brasil (PTB) resumiu bem a democracia em um áudio clandestino: “”Só tem importância na política quem tem mandato. Só tem mandato quem tem voto. Só tem voto quem tem pessoas…” (deixa o resto para lá!). FHC desobedece essa regra. Não tem mandato há dezesseis anos. Não é votado há vinte. Mesmo assim, mantém influência desproporcional dentro do PSDB.
Longe de ser um partido “democrático, de esquerda e contemporâneo” como defendia Luiz Carlos Bresser-Pereira, o PSDB se mostra um puleiro de caciques sem voto (Alberto Goldman, José Aníbal, FHC) ou sem prestígio (Aécio Neves). Geraldo Alckmin e Tasso Jereissatti são exceções.
Uma pesquisa divulgada pelo Movimento Transparência Partidária mostra a falta de renovação dos principais comandantes partidários ao analisar os cargos de direção das Executivas e Diretórios Nacionais nos últimos dez anos. No PP, todos os integrantes da cúpula do partido permanecem os mesmos desde 2007. Entre os oito maiores partidos, o PT foi o que mais renovou sua Executiva Nacional (67% de novos membros), seguido pelo PMDB (55%) e DEM (49%). O PSDB manteve quase 70% dos seus dirigentes nesse período.
Se FHC gosta tanto assim de Luciano Huck, pode bancar sua filiação ao PSDB e convencê-lo a disputar a candidatura contra Alckmin. Qualquer coisa que falar ou fizer diferente disso será péssima para seu partido. E bom para o Brasil? Não sei.
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