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Por Sérgio Praça
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A máquina demitiu Fernando Segovia

O novo diretor-geral, Rogério Galloro, atende aos anseios dos funcionários da Polícia Federal

Por Sérgio Praça Atualizado em 27 fev 2018, 19h00 - Publicado em 27 fev 2018, 18h53

O novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann (PPS), acaba de demitir Fernando Segovia, diretor-geral da Polícia Federal. Segovia durou quatro meses no cargo. Em seu lugar entra Rogério Galloro, delegado concursado desde 1995 e o nome predileto do ministro da Justiça, Torquato Jardim, para o cargo. Ao contrário de Segovia, ligadíssimo a José Sarney e ansioso para proteger o presidente Michel Temer (MDB) de investigações, Galloro não tem ligações políticas evidentes. O novo diretor-geral da PF tem perfil no LinkedIn e MBA pela FGV – seu antecessor não.

O estopim para a saída de Segovia foi a péssima repercussão de sua entrevista para a Reuters há algumas semanas. insinuou que o delegado responsável por investigar se Temer beneficiou a empresa Rodrimar ao editar o Decreto 9.048 (conhecido como “Decreto dos Portos), Cleyber Malta Lopes, poderia sofrer um processo administrativo por ter exagerado no tom das perguntas ao presidente. A reação dos policiais federais foi imediata: exigiram a retratação de Segovia e vários pediram sua demissão.

Ao longo dos últimos 15 anos, a Polícia Federal se tornou um órgão burocrático com uma corporação poderosa. De acordo com o Ministério do Planejamento, há atualmente 14.057 funcionários na PF. Desses, 11.115 – 79% – estão em carreiras que fazem o trabalho principal da polícia. São os agentes, delegados, escrivães, papiloscopistas e peritos criminais. Em 2002, no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os funcionários concursados nessas carreiras somavam 7.144. Houve, portanto, um aumento de 3.971 servidores – ou seja, 55,5%. Com isso, a nomeação de um diretor-geral tão estranho aos interesses dos funcionários, como Fernando Segovia, tornou-se proibitiva. A ascensão de Rogério Galloro mostra que a máquina burocrática venceu essa parada e o combate à corrupção, ao contrário do que tem sido o tom recente de organizações como a Transparency International, continuará forte no país.

(Meu livro “Guerra à Corrupção: Lições da Lava Jato”  está disponível aqui)

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