WhatsApp de Moro prova que Bolsonaro quer transformar PF no grupo família
O novo chefe no Rio já começa o expediente respondendo ao “bom dia” de todos
A agenda no novo superintendente da Polícia Federal do Rio está cheia desde que assumiu o cargo. Ele foi escolhido a dedo pelo diretor da PF recém-empossado por Bolsonaro. O motivo da troca, acreditam o ex-ministro Sergio Moro e a torcida do Flamengo, é que no estado ocorrem as investigações mais importantes para a famiglia Bolsonaro. Entre as funções do novo superintendente, além de arrumar a casa do jeito que o patrão gosta, há atribuições como ir às compras com a primeira-dama, ajudar no dever escolar da primeira-filha, fritar hambúrguer com o Zero Três, comprar camisinhas pro Zero Quatro e ser baby-sitter de Carluxo. Também deve passear com o cachorro, embora a família não tenha nenhum cão.
Bolsonaro já fez um grupo de WhatsApp com todos os Bolsonaro mais o superintendente, para facilitar os pedidos. O novo chefe da PF no Rio já começa o expediente respondendo ao “bom dia” de todos.
Publicado em VEJA de 13 de maio de 2020, edição nº 2686