Coronavírus é presença garantida no desfile das campeãs do Carnaval
Em casa, muitos brasileiros tomaram ivermectina, pra não perder o costume de torturar o próprio fígado
Neste ano, em que as escolas de samba não desfilaram, a campeã do Carnaval foi a Covid-19. Ninguém se aglomerou nos sambódromos, mas não faltou multidão em bares, ruas e casas de festas pelo Brasil. Nos bailes sem máscara, ninguém conseguiu disfarçar o que é de verdade: ser humano nota zero no quesito civilidade.
Muitos brasileiros preferiram ficar em casa, mas, mesmo assim, tomaram ivermectina, pra não perder o costume de torturar o próprio fígado. E neste Carnaval já se completam dois anos que Bolsonaro perguntou o que era golden shower. Tempo bom. Hoje o presidente tentaria usar golden shower para curar a Covid-19.
Publicado em VEJA de 24 de fevereiro de 2021, edição nº 2726