Bolsonaro sabe onde está desaparecido da ditadura mas não acha Queiroz
Uma coisa é certa: a humanidade de Bolsonaro também anda sumida
Fenômeno de seletividade, Jair Bolsonaro afirmou na semana passada — sem ser indagado — que sabe o que aconteceu com um desaparecido na ditadura militar há 45 anos. Já o paradeiro de Fabrício Queiroz, seu amigo há trinta, ele desconhece.
Queiroz, o ex-motorista da família, virou assessor de Flávio Bolsonaro, suspeito de contratar funcionários-fantasma para o esquema da “rachadinha”. Fernando Santa Cruz era um estudante e militante, pai do atual presidente da OAB, a quem Bolsonaro resolveu atacar publicamente, mesmo sabendo da perda de seu pai aos 2 anos de idade. Uma coisa é certa: a humanidade de Bolsonaro também está desaparecida.
Publicado em VEJA de 7 de agosto de 2019, edição nº 2646