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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Porto Alegre: prefeitura retoma aluguel social após cancelamentos

Atrasos no pagamento se agravaram na gestão de Nelson Marchezan Jr. (PSDB); a prefeitura revisou 1.618 contratos e cancelou 309 por irregularidades

Por Paula Sperb
8 set 2017, 15h47

Os removidos de casa por obras da Copa 2014, em Porto Alegre, que estavam diante de um novo despejo por causa do corte no pagamento do aluguel social da prefeitura tiveram o direito restabelecido. A prefeitura retomou o pagamento das mensalidades no início do mês após uma revisão dos contratos.

A suspensão do aluguel social sem aviso prévio e sem direito à defesa foi revelada em reportagem de VEJA, de 15 de agosto. De acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda, um grupo de trabalho formado por servidores do Departamento Municipal de Habitação (Demhab) e da Controladoria Geral do Município reavaliou 1.618 contratos de aluguel social. A maioria deles tinha pendências e a prefeitura cancelou 309 contratos por irregularidades.

De acordo com a prefeitura, os demais contratos foram colocados em dia e “poucos estão em situação complexa, sendo reconstruído os processos caso a caso por falta de documentação ou não localização dos beneficiários quando das vistorias”.

Segundo a Defensoria Pública Estadual, que entrou com uma ação coletiva na Justiça solicitando a retomada do aluguel, o número de famílias que tiveram o direito suspenso pela prefeitura era maior: 2.400 famílias, afetando cerca de 10 mil pessoas.

“A gente sabe que há pessoas que fraudam, mas não são as 2.400 famílias. O que nos aparenta é que querem economizar com eles [os cortes]”, disse Martha Zanchi, defensora pública, em entrevista anterior a VEJA. A defensora alega que deveria haver corte apenas nos casos de irregularidades e, mesmo assim, os moradores deveriam ser ouvidos, o que não ocorreu.

Atrasos frequentes

Os atrasos não são novidade, mas se agravaram desde janeiro deste ano, quando a gestão do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) assumiu o Executivo. De abril até julho deste ano, pelo menos 100 famílias procuraram a Defensoria Pública Estadual em busca de auxílio jurídico para retomarem seus direitos. A cada caso, a defensora pública Marta Zanchi solicitava explicações ao Departamento Municipal de Habitação (Demhab), mas não obtinha retorno. O volume de queixas resultou em uma ação coletiva movida em conjunto com a também defensora Patrícia Kettermann.

Agora, após o resultado do grupo de trabalho, as famílias que tiveram os contratos cancelados estão procurando a defensoria para que possam regularizar a situação.

Questionada pela reportagem sobre o direito das famílias explicarem as eventuais irregularidades antes dos cortes que levariam ao despejo, a prefeitura informou em nota que os moradores “estão sendo avisados na medida do possível” e que “alguns não foram localizados”.

Economia

A Secretaria da Fazenda calcula que a as revisões irão resultar em uma economia de 145 mil reais que deixarão de ser gastos indevidamente pelos cofres Municipais.

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Entre os principais motivos para irregularidades, a prefeitura encontrou falhas nos cadastros, ausência de parecer da assistência social e imóveis impróprios. A prefeitura encontrou casos em que o beneficiário era parente do proprietário do imóvel.

Minha Casa Minha Vida

Tarsis Campos, de 28 anos, que morava em uma casa insalubre com o filho Guilherme, de 11 anos, com paralisia cerebral, recebeu em 4 de agosto as chaves de sua casa própria. Tarsis e o filho vão deixar a residência à beira de um arroio para morar no Residencial Belize, na bairro Restinga, um projeto federal do Minha Casa Minha Vida em parceria com a prefeitura, que beneficiará 760 famílias.

“É um momento de alegria, de vermos tantos sorrisos. Muitos dramas encerram-se hoje”, disse o diretor-geral do Demhab, Mário Marchesan, durante a cerimônia.

 

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