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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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No RS, mãe adotiva consegue amamentar a filha com o próprio leite

Mesmo sem passar pela gestação, a gaúcha Ana Fritsch amamenta a filha desde o primeiro dia de vida da bebê

Por Paula Sperb
24 out 2017, 17h34

Ao ficar a sós pela primeira vez com a filha adotiva recém-nascida, a gaúcha Ana Fritsch ofereceu seu peito como um gesto de acolhida para a bebê, que tinha apenas seis horas de vida. “Ela saiu sugando com uma fome, uma fome de mãe. Foi a coisa mais linda”, relembra sobre a cena que ocorreu em um abrigo infantil de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, no início deste ano. Dentro do carro, para a viagem de volta a Porto Alegre, uma bolsa com mamadeira esterilizada e fórmula para substituir o leite materno estava pronta caso fosse necessário. Porém, no banco de trás, a pequena Alice sugou o peito novamente e o leite finalmente brotou. A mamadeira ficou intacta.

“A amamentação é muito cerebral. Se tu quiser, tu amamenta. Assim me explicou a minha irmã, que é doula. Segui o conselho dela”, relata a jornalista e consultora de estilo,de 40 anos. A preparação para o aleitamento sequer envolveu pesquisa. “Eu pensei: quando encontrar a Alice, vou oferecer o peito, deixar ela me cheirar, me conhecer. Se ela quiser mamar, ela vai mamar. Na minha cabeça era isso”, contou a VEJA. O plano funcionou, mas a mãe divide os méritos com a filha, hoje com nove meses: “É uma coisa muito dela, ela ama mamar e mama seis vezes por dia”. Para as madrugadas em claro, Ana tem o apoio do marido, o também jornalista Alexandre Elmi, de 48 anos.

Ana Fritsch levou a filha Alice em uma viagem de trabalho (Arquivo Pessoal/Divulgação)

Se a amamentação pode gerar insegurança e frustração para muitas mães, para Ana a angústia foi anterior. A espera por uma criança levou cerca de quatro anos. Atualmente, o Cadastro Nacional de Adoção (CNA) tem 8.155 crianças e adolescentes aguardando por pais adotivos.  O casal não tinha preferência por um bebê recém-nascido e aceitava irmãos. Ainda assim, o processo foi demorado. Porém, o casal não desistiu. “Sentia que meu coração conseguia amar muito as crianças ao meu redor. Pensava que se conseguia amar minhas afilhadas como se fossem minhas filhas, por que não conseguiria amar meu filho adotivo? Esse processo é como uma gestação, mas diferente”, conta Ana.

“Fiz a chamada busca ativa em todo o Brasil porque o sistema de adoção não conversa muito entre si, não é integrado. Com essa busca ativa, a Justiça de uma cidade do interior nos ligou: “Querem adotar? Mas é um bebê.” Não estava nos nossos planos”, relembra.

A bebê Alice mama enquanto a mãe trabalha (Arquivo Pessoal/Divulgação)

Ana viajou recentemente a trabalho e levou a filha junto. A amamentação deixou mãe e bebê mais confiantes no percurso. “Eu sabia que se ela estranhasse o avião, por exemplo, mamar no peito a deixaria tranquila. Viajei sem medo”, conta. “Minha filha mostrou a personalidade que tem: ela não dá trabalho, é parceira, querida”, comemora.

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