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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Em Porto Alegre, ação durante greve teve até ajuda a funerárias

Gabinete de Crise da prefeitura mobilizou voluntários para doação de sangue e garantiu entrega de cloro para não faltar água tratada

Por Paula Sperb
Atualizado em 1 jun 2018, 18h48 - Publicado em 1 jun 2018, 18h08

Enquanto a greve dos caminhoneiros afetava o abastecimento das cidades, um trabalho conjunto garantiu não apenas que serviços como coleta de lixo fossem mantidos em Porto Alegre, mas também outros serviços menos visíveis como o transporte de corpos aos cemitérios e entrega de cloro para que não faltasse água tratada na torneira dos moradores da capital gaúcha.

“Desde o início tomamos a greve como um problema nosso, que tínhamos a ver com isso. Foi legal ver que temos muitas pessoas competentes, que garantiram respostas rápidas. Se formos comparar com outras capitais quanto a resultado e forma de trabalho, o prejuízo da greve foi muito pequeno”, disse o prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) a VEJA.

Marchezan citou como exemplo o adiantamento de recursos para gás de cozinha e alimentação nas áreas de assistência social, que realiza milhares de atendimentos diariamente. “Pagamos adiantado porque não se sabia quanto tempo a greve iria durar”, disse sobre a tática de minimizar o impacto da paralisação.

O trabalho do Gabinete de Crise, que reuniu diversas secretarias, evitou inclusive que corpos permanecessem sem necessidade em hospitais por falta de gasolina para transportá-los para outras cidades ou até para o devido velório e enterro nos cemitérios. Para isso, escoltas organizadas pela prefeitura garantiram que os veículos de funerárias tivessem acesso ao abastecimento.

“As funerárias não chamam tanta atenção das pessoas, mas impactam o município. Fornecemos combustível para todas as funerárias que precisavam. Isso foi algo interessante, diferente. Antes da crise, não se pensava nesse aspecto. Conseguimos aliviar um setor que é importante”, contou à reportagem o secretário municipal de Segurança, coronel Kleber Senisse.

Se não faltou água tratada, é porque escoltas protegeram os carregamentos de cloro e outros insumos para deixar a água potável e ideal para o consumo, explica Senisse. Até a lavagem de lençóis de hospitais foi garantida com a chegada de lenha para as caldeiras.

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Por outro lado, se os estoques de sangue voltaram à normalidade nos hospitais de Porto Alegre, é porque o Gabinete de Crise articulou um grupo de voluntários. Com menos oferta de transporte público e expedientes cancelados, menos pessoas saíram às ruas para doar sangue. Por isso, a força-tarefa pediu ajuda de soldados do Exército, guardas municipais e policias da Brigada Militar para que doassem sangue.

“O Gabinete de Crise foi instalado na quarta-feira, 23, logo no início da greve. Isso fez com que a gente conseguisse ser pró-ativo no momento de crise extrema. Conseguimos tirar a cidade da situação de crise para situação de alerta e agora colocar no patamar de atenção”, explicou Senisse. A articulação entre as pastas da prefeitura também organizou o fornecimento de gasolina nos postos com um limite máximo de cem reais por automóvel.

Outro ponto que o secretário destaca é a manutenção da coleta de lixo, que não foi suspensa em nenhum momento. O transporte público também foi mantido, mesmo com operação de escala de feriado. Como forma de compensação, a prefeitura autorizou táxis a usarem os corredores de ônibus e cobrando uma taxa de 6 reais. O serviço de aluguel de bicicletas teve desconto, custando apenas 10 centavos. Do dia 1º até 29 de maio, as bicicletas realizaram 56.250 viagens. Os cadastros realizados na última semana, de 23 a 29, aumentaram quase seis vezes com relação à semana anterior, de 16 a 22 de maio.

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