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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Em Bagé, protesto contra Lula tem tratores, cavalos e pixuleco

Cidade na fronteira com o Uruguai é a primeira parada do ex-presidente na sua caravana pelo Rio Grande do Sul

Por Paula Sperb
Atualizado em 21 mar 2018, 11h14 - Publicado em 19 mar 2018, 11h34

Ruralistas e empresários da cidade de Bagé, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, protestaram na manhã desta segunda-feira contra a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no município. A manifestação contou com tratores, um boneco de Lula, o pixuleco, em tamanho real atrás das grades, um homem fantasiado de preso e até cavalos com a garupa pintada com os dizeres “Lula ladrão”. A caravana de Lula pelo estado iniciou em Bagé com uma atividade na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), criada durante sua gestão.

Depois de Bagé, Lula visitou Santana do Livramento, onde encontrou Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai. Mujica criticou a centralização de líderes de esquerda em uma “figura única” e pediu que os partidos cuidem “enormemente” da conduta dos seus representantes.

Ainda em Bagé, a chegada de Lula na Unipampa, por volta das 11 horas, após deixar o Aeroporto Internacional Comandante Kraemer, gerou confusão entre apoiadores e manifestantes contrários. Não há informação sobre feridos.

Segundo o organizador do protesto, Rodrigo Moglia, presidente da Associação e do Sindicato Rural de Bagé, dezenas de tratores, caminhões e carretas estão próximas à Unipampa para chamar atenção. “É época de colheita, mas estamos aqui em demonstração de força e união da classe produtora e contrários à visita do ex-presidente. É um protesto pacífico para marcar nossa posição. Estamos vigilantes e apoiamos o Supremo Tribunal Federal (STF)”, disse Moglia a VEJA. Segundo ele, cerca de 2.000 pessoas participam do protesto.

Acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Lula falou sobre a importância da Unipampa e o investimento em educação. “Investir em educação não é gasto, investir em educação é uma necessidade. Porque o Brasil não quer ser eternamente exportador de soja, o Brasil quer ser exportador de inteligência. É por isso que fiz questão de vir aqui”, disse aos apoiadores.

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O ex-presidente também criticou o atual momento do país. “Vocês estão percebendo que está crescendo outra vez o número de pobre na rua, o número de indigente, o número de criança pedindo esmola. Isso tinha desaparecido no Brasil”, falou.

Garupa do cavalo de manifestante foi pintada com dizeres contra Lula, em Bagé (RS) (Romário Almeida, Aciba/VEJA.com)

“A gente achou uma afronta à Rainha da Fronteira [como Bagé é conhecida] que Lula comece sua campanha política por aqui, um condenado em primeira e segunda instâncias. Ainda mais usando um órgão público, como é a Unipampa. Também achamos uma afronta ao Poder Judiciário, porque o lugar de uma pessoa condenada é atrás das grades, mas ele está aí, solto e fazendo sua propaganda”, disse à reportagem Romário Almeida, da diretoria da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), que apoia o protesto.

Manifestantes contra o ex-presidente Lula em Bagé (RS) (Roma´rio Almeida, Aciba/VEJA.com)

O PT de Bagé entregou panfletos na tarde de sábado em bairros da cidade convidando os moradores para o ato em defesa de Lula. O material destacava projetos que desenvolveram a região durante os mandatos dele.

No início do mês, vereadores de Bagé aprovaram uma moção de repúdio à visita de Lula à cidade. Na última eleição presidencial, de 2014, o PT foi derrotado pelos eleitores de Bagé. O senador Aécio Neves (PSDB) fez 37.127 votos ante 29.740 de Dilma Rousseff (PT).

Ainda nesta segunda-feira, Lula irá a Santana do Livramento, a outro campus da Unipampa. Lá, ele encontrará Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai.

Homem fantasiado de presidiário segura bandeira do Brasil em cima de trator na cidade de Bagé (RS) em protesto contra Lula (Rogério Almeida, Aciba/VEJA.com)
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