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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Aviso em grupo do WhatsApp sobre blitz policial acaba em prisão

Homem mandava fotos da barreira; “Se liguem”, respondeu um contato

Por Paula Sperb
Atualizado em 12 jul 2018, 17h07 - Publicado em 12 jul 2018, 16h01

De tempo em tempo, um homem mandava fotos para um grupo de WhatsApp. As imagens indicavam a situação de uma barreira policial na RS-786, em Nova Tramandaí, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Por meio das fotografias, era possível saber quando os policiais do Pelotão de Motos do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRMB) estavam no local e quando o ponto estava vazio. O homem acabou preso em flagrante na tarde da última quarta-feira porque foi identificado a partir do ponto em que as fotografias eram tiradas, conforme apurou VEJA com o órgão.

As fotos eram enviadas para o grupo chamado “Galera do Litoral”. Outros contatos interagiam com informações e comentários. “[Polícia] rodoviária atacando”, escreveu uma pessoa no mesmo dia. “Tão com radar móvel, se liguem, acabei de cair kk”, disse outra. “Ponte livre”, alguém indicou.

As mensagens foram repassadas para fora do grupo do WhatsApp e chegou à polícia, que agiu para coibir a ação. Avisos sobre blitz são considerados “atentados contra a segurança”, crime previsto do artigo 265 do Código Penal, cuja pena é prisão de um a cinco anos e multa.

“Esse tipo de aviso não é ‘só para amigos’, ele ajuda quem está com carro roubado, quadrilhas que se deslocam armadas, com carga de droga. Se ficam sabendo da barreira, os criminosos podem desviar. Mas, se não sabem, podemos contar com o fator surpresa da abordagem policial. Por isso é um crime contra a segurança pública”, disse o capitão Rogério Silva dos Santos, comandante da Companhia de Policiamento Rodoviário de Osório, responsável pela segurança das estradas estaduais do litoral norte.

Depois de prender o “informante”, a polícia ainda deteve um foragido da Justiça que passou pelo local e tentou fugir ao ver a blitz.

“As pessoas acham que fazer esses avisos não configura crime, que é ‘apenas’ para avisar os amigos que estão com veículos com irregularidades administrativas. Falam em um grupo de amizade porque fulano está com a carteira vencida, porque o outro não está com o carro em dia, mas prejudica a contenção da criminalidade e coloca a vida dos policiais em risco”, explica o capitão.

Prisão por crime do “artigo 265” não são raras no Rio Grande do Sul. Em maio, um comerciante foi preso em Novo Hamburgo por avisar sobre uma blitz no WhatsApp. Em julho, um jovem foi detido pelo mesmo motivo em Fontoura Xavier. No ano passado, 17 pessoas foram indiciadas por alertar sobre as barreiras policiais, em Vacaria.

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